Buscar

Não era para ele ter morrido, diz suspeito de matar empresário em MS

Erlon Bernal foi morto no dia 1º de abril após anunciar venda de carro.Três rapazes estão presos e uma adolescente está apreendida.

(Foto: Gabriela Pavão/ G1 MS)

Apontado pela polícia como a pessoa que atirou em Erlon Peterson Pereira Bernal, de 33 anos, no dia 1º de abril, em Campo Grande, Thiago Henrique Ribeiro, de 21 anos, confessa participação no latrocínio e diz que a morte do empresário não havia sido planejada.

Não era para ninguém ter morrido nessa história. Não era para ele ter morrido, afirmou Thiago Ribeiro, na terça-feira (15), durante coletiva de imprensa, na Delegacia-Geral de Polícia Civil. Ele confessa que fez o primeiro contato com o empresário no dia do crime.

Eu que liguei pra ele, pra ir até a Coca-Cola [em frente à fábrica], eu que conversei com ele sobre a suposta compra do carro, eu que fui com ele até lá na casa, explica. O suspeito ainda afirma que não estava armado durante o trajeto até o local do crime e que pegou o revólver de dentro da residência.

Sobre o motivo que o levou a atirar contra o empresário, Thiago Ribeiro fala que agiu por impulso. Foi na hora do desespero, da agonia, não sei explicar para vocês o que foi. Me sinto péssimo, arrependido mesmo. Ele nega que o latrocínio tenha sido encomendado e diz que o veículo seria vendido na capital sul-mato-grossense ou levado para ao Paraguai.

De acordo com a delegada responsável pelas investigações, Maria de Lourdes Souza Cano, titular da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes de Furtos e Roubos de Veículos (Defurv), Ribeiro fez contato com Erlon Bernal horas depois de ter abordado um policial militar que também tentava vender um Golf.

O dono do veículo encontrou o suposto comprador na avenida Interlagos e foi com ele até a residência do São Jorge da Lagoa, porém, não entrou porque os demais envolvidos não estavam lá no momento.

CrimePara a polícia, Erlon Bernal foi morto logo após ter chegado na residência. O corpo foi encontrado cinco dias depois, após a prisão de alguns suspeitos. Na casa foi apreendida a adolescente. O carro do empresário foi encontrado em uma funilaria do bairro São Conrado na noite de domingo. A cor prata havia sido substituída pela branca e as placas originais de Campo Grande, por outras de Ponta Porã, mas de mesmo modelo de veículo. As rodas também foram trocadas.

A Defurv suspeita que os presos também estejam envolvidos na morte de um ganhador de um título de capitalização, que desapareceu em fevereiro de 2014.

A arma utilizada para matar o empresário, um revólver calibre 38, foi localizada no dia 10 de abril, enterrada em um terreno baldio no bairro Dom Antônio Barbosa. Quatro munições intactas e duas deflagradas estavam na arma.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.