Prefeito dá prazo de até 120 dias para equilibrar finanças de Campo Grande

O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte, garante que num prazo de 90 a 120 dias estará equilibrada a situação financeira da prefeitura. A reposta foi dada durante entrevista ao programa Tribuna Livre, da Capital FM, na manhã desta segunda-feira.

Olarte ainda fez críticas á gestão do prefeito anterior Nelsinho Trad, e afirmou existir atualmente um movimento politizado tentando desestabilizar sua administração. Além de garantir que serão tomadas medidas para preservar o salário do servidor. Nesse aspecto deu um prazo de 90 a 120 dias para equilibrar os cofres da Prefeitura de Campo Grande.

Segundo o prefeito, no final do mandato de Nelsinho, há dois anos, foi concedido um aumento aos servidores, fora de data base, que consumiu cerca de R$ 16 milhões do cofre municipal. “O aumento foi dado no fim do ano e não havia qualquer programação de arrecadação para justificar ou garantir aquele aumento. Uma irresponsabilidade que deixou o cofre da prefeitura em débito”, concluiu Olarte.

Ao falar sobre a situação dos funcionários públicos, o prefeito garantiu que não haverá parcelamento dos salários. Segundo ele, o pagamento será feito sempre no quinto dia útil do mês e nos casos de gratificações, se não houver a possibilidade de ser pago 100%, será feita uma redução dessa gratificação.

Já em relação aos plantões médicos, que em vários casos foram cortados, Olarte disse que devido á situação financeira, a saída foi diminuir o número desses plantões, exatamente por falta de verba.

Em tom de desabafo, Gilmar Olarte fez questão de dizer que aliado a esse problema que a prefeitura passa, lembrando que isso é localzado apenas em campo Grande, mas uma questão de dificuldade nacional, existe a exploração política da situação. “Grupos vão politizar essa questão no decorrer dessa semana para desgastar a imagem do prefeito. E a hora não é para isso, mas sim de união, para juntos conseguimos encontrar a solução”, disse.

O prefeito ainda lembrou que na gestão anterior do executivo estadual houve uma queda significativa do repasse do ICMS para Campo Grande. “Durante o governo Trad na prefeitura, o repasse do ICMS sempre foi de 25,4%, e este índice diminuiu na minha gestão, o que provocou uma perda de R$ 100 milhões aos cofres municipais”.