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Família morta em acidente perdeu parente em colisão na mesma rodovia

Acidente aconteceu perto de autódromo (Foto: )

A família que morreu no acidente ocorrido na noite da última segunda-feira (20), na BR-262, em frente ao Autódromo de Campo Grande, já havia passado por uma situação semelhante há alguns anos. O casal morto na colisão perdeu um filho em um acidente registrado na mesma rodovia. 

No acidente de anteontem, morreram Dionísio Alves Pereira, 55 anos, a esposa Tereza Corrêa Pereira, 51 anos, o pai João Alves Pereira, 89, e a neta Alice Cândido Pereira, de quatro anos, que era transportada irregularmente, sem a cadeirinha exigida no Código de Trânsito Brasileiro.

O casal já havia perdido um filho, também em acidente de trânsito, na mesma rodovia, há quase três anos. Na ocasião, ocorrida em setembro de 2012, ele pilotava uma moto e estava acompanhado pela esposa e a filha, Alice, que desta vez acabou não resistindo.

O ACIDENTE

Dionísio dirigia um carro do modelo Uno, acompanhado da família, e teria invadido a pista contrária e colidido de frente com uma Saveiro, que era ocupada por um casal, que foi socorrido com suspeita de fraturas e levados à Santa Casa.

A família seguia sentido Campo Grande e os ocupantes da Saveiro na pista contrária. Relatos de testemunhas e evidências encontradas no local, esclarecem que Dionísio invadiu a pista oposta, provocando a colisão frontal, segundo a polícia. Inicialmente, não foi possível identificar se houve tentativa de ultrapassagem forçada.

O condutor do Uno a esposa e o pai morreram no local. A criança chegou a ser levada para o hospital e morreu pouco tempos após receber os primeiros atendimentos. Há informações de que nenhum deles usava cinto de segurança.

O impacto da batida foi tão violento que os automóveis ficaram bastante danificados e algumas das vítimas presas às ferragens.

SEGURANÇA

Apesar de algumas pessoas que estiveram no local terem afirmado que os ocupantes do Uno não usavam cinto de segurança, a filha de Dionísio e Teresa, Meiriele de Fátima Corrêa Pereira, 24 anos, defende que era hábito dos pais e do avô usar, sim, o dispositivo de proteção individual. No entanto, admitiu que a sobrinha, a menina Alice, era transportada sem a cadeirinha. Disse, ainda, que no impacto a criança chegou a ser arremessada do carro.

No momento do acidente, as vítimas voltavam do assentamento da família, na região da saída para Três Lagoas. Meiriele contou que os pais moravam no Bairro Tiradentes e atuavam como comerciantes, donos de um bar.

Segundo a jovem, era rotina do casal ir ao assentamento diariamente. “Iam cedo e voltavam a noite, todos os dias, para cuidar do animais e plantações que temos lá. Há três anos perdi um irmão em acidente na mesma rodovia, voltando do assentamento também. Ele estava com a mulher e a Alice, que sobreviveu naquele dia, mas desta vez não”, lamentou.

A jovem também defendeu que o pai era prudente no trânsito. “Sempre dirigiu com velocidade média. Até porque o carro vinha do assentamento pesado, com pessoas e coisas que ele trazia. Acredito que não tenha provocado o acidente. De qualquer maneira, o trânsito está violento. Perdi praticamente toda a minha família nele. Agora é só eu e dois irmãos”, pontuou, referindo-se a morte do irmão, ocorrido em 2012. 

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