Publicado em 16/12/2021 às 10:56, Atualizado em 16/12/2021 às 15:03

Nunca antes o Brasil plantou tanta soja

O plantio da safra 2021/22 de soja no Brasil apresentou lento avanço na semana

Por: AGROLINK -Leonardo Gottems,
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O plantio da safra 2021/22 de soja no Brasil apresentou lento avanço na semana encerrada em 10 de dezembro, de acordo com levantamento realizado pela Consultoria DATAGRO. Com esse resultado a semeadura alcançou a média nacional de 97,0% da área esperada, 1,4 ponto percentual a mais ante a semana anterior.

De acordo com a DATAGRO, esse ritmo semanal ficou abaixo dos 3,5 p.p. em igual momento de 2020 e dos 3,4 p.p. da média dos últimos cinco anos: “No entanto, o acumulado segue como recorde absoluto para o período e os trabalhos se encerrarão nos próximos dias. Na mesma data do ano passado, a semeadura no País havia atingido 96,6%; na média plurianual, 95,6%”.

A Consultoria aponta que grande parte da região produtora observou chuvas intercaladas com períodos de sol, favorecendo as lavouras já cultivadas, mas o andamento foi lento nos estados que ainda não fecharam os trabalhos: no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em função da escassez de umidade; na Bahia, Maranhão e Piauí, por conta do excesso de umidade.

“Entretanto, esse atraso para a finalização não se caracteriza como um problema maior nos estados citados, visto que os sojicultores têm até o final do mês para fazê-lo. A preocupação segue maior com as chuvas escassas na região Sul, que já vai acumulando perda de potencial produtivo – em alguns casos, perdas irreversíveis”, diz comunicado da DATAGRO.

Nas demais regiões do Brasil, ressaltam os analistas, o quadro de umidade se mantém satisfatório, com precipitações regulares: “Em alguns pontos até excessivas, mas que ainda não se transformaram em perdas significativas”.

Para dezembro, a previsão é de chuvas abaixo da média apenas para a região Sul, mas devendo se normalizar em janeiro. “A previsão é de um episódio de chuvas até interessante ocorrendo nesta semana em boa parte dessa região mais seca, trazendo alento aos produtores”, diz Flávio Roberto de França Junior, coordenador de Grãos da DATAGRO.