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Após deixar a presidência em 2010, o TCU pediu a devolução de 434 itens de Lula e 117 de Dilma, desaparecidos do Planalto

A Policia Federal encontrou os acervos do Planalto em nome do então ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva

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 Dilma e Lula

A narrativa imposta ao ex-presidente Jair Messias Bolsonaro em relação a uma joia avaliada em R$ 16 milhões, presente do sheik da Arábia Saudita, levou Bolsonaro a apresentar a documentação necessária para que a valiosa joia fosse destinada ao acervo do governo federal. A repercussão foi tão grande que a ex-primeira-dama, Michele Bolsonaro, ironizou a narrativa, questionando se ela possuía a joia e não sabia disso.

É importante lembrar que, após sua saída da presidência, o atual presidente Lula esvaziou o acervo do Planalto. Na época, a Polícia Federal encontrou em um cofre na sala 133 itens do Planalto. Dentro das caixas no cofre, estavam um crucifixo barroco, obra esculpida por Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, além de outras peças decorativas, espadas, adagas, moedas centenárias, canetas valiosas e condecorações. Em 2011, a pedido do delegado Ivan Ziolkowski, o então juiz Sergio Moro, da Operação Lava Jato, autorizou a busca na sala cofre em nome de Lula no Banco do Brasil em São Paulo.

As cerimônias de trocas de presentes ocorrem em todas as viagens dos presidentes do Brasil ao exterior e em todas as visitas de chefes de Estado ao Brasil. Segundo entendimento do TCU, esses presentes não pertencem ao presidente da República em exercício, sendo entregues ao Estado brasileiro. Por causa disso, não podem ser incorporados ao patrimônio pessoal dos presidentes ao fim do mandato, devendo ficar sob posse da União.

Atendendo à determinação do TCU, a Presidência da República criou uma comissão especial, integrada por nove servidores, que se dedicou a vasculhar relações de bens no Sistema de Gestão de Acervos Privados da Presidência da República. A partir dessa busca, a comissão constatou que o número correto de objetos levados do Planalto por Lula e Dilma, que deveriam ser devolvidos à União, era de 434, para Lula, e de 117, para Dilma.

Depois de um longo processo, que foi seguidamente adiado a pedido dos dois ex-presidentes, a Comissão Especial foi notificada pelos representantes de Lula e Dilma a resgatar os objetos em locais indicados por eles. 

O local indicado era um galpão no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo.

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