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Craque argentino na Libertadores ganha menos que reserva no Brasil

Se dinheiro ganha jogo no futebol, os clubes brasileiros estão jogando no lixo milhões. Pela primeira vez desde 1991, os times do país estão fora das semifinais da Libertadores. 

Mesmo pagando salários altos para jogadores medianos, enquanto os rivais sul-americanos pagam seus craques com remuneração que nem coadjuvante de time brasileiro aceitaria.

É o caso até do San Lorenzo, que na sequência eliminou Botafogo, Grêmio e Cruzeiro e passou às semifinais. No final de 2012, e desde então a realidade financeira e o elenco do clube pouco mudou, um dirigente tornou público todos os salários da equipe.

O maior salário era justamente o do destaque do time, o meia Ignacio Piatti, autor do gol do San Lorenzo no Mineirão, na quarta-feira, e principal articulador do time.

Contando salários e luvas, Piatti ganhava o equivalente a R$ 79,8 mil. Isso pelo câmbio oficial argentino. Levando em conta a cotação no mercado pararelo (muito comum na Argentina), o salário do craque do San Lorenzo é de menos de R$ 60 mil.

Salário que nem apostas ganham nos grandes brasileiros. No início do ano, por exemplo, o Cruzeiro tirou Marlone do Vasco com um salário estimado de R$ 100 mil. Piatti não ganha um quinto dos maiores salários do time mineiro: Dedê fatura R$ 400 mil mensais.

Abismo maior acontece nos salários de novatos. No final de 2012, uma das revelações do San Lorenzo (foi titular no Mineirão), o atacante Correa começava sua trajetória no time profissional. E ganhava o equivalente, pelo câmbio pararelo, a R$ 3,1 mil por mês, salário que nos grandes brasileiros é comum até na categoria sub-17. E o salário mais baixo do clube, considerado grande na Argentina, não chegava a dois salários mínimos brasileiros.

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