Buscar

Dengue: Três cidades apresentam risco de infestação de larvas

Número foi apontado pelo LIRAa, divulgado pelo Ministério da Saúde.Nos munícipios, índice de domicílios contaminados passou de 4%.

O Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), divulgado nesta terça-feira (18) pelo Ministério da Saúde, apontou que, no primeiro bimestre de 2014, três cidades da região de Presidente Prudente apresentaram índices considerados de risco em relação a infestação de larvas nos domicílios. São elas: Presidente Bernardes, Monte Castelo e Álvares Machado.

Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 4% dos imóveis pesquisados. Presidente Bernardes está com o índice em 5,4%. Já em Monte Castelo, os dados apontam que 4,4% das casas contém registros. Em Álvares Machado, o mesmo indicador chega a 4,3%.

Ainda aparecem na lista como situação de alerta as seguintes cidades do Oeste Paulista: Dracena, com 2,7%; Euclides da Cunha Paulista, com 3,4%; Ouro Verde, com 1,8; Panorama, com 2,6%; Pirapozinho, com 1,9%; Presidente Epitácio, com 1,4%; Presidente Prudente, com 3,8%; Presidente Venceslau, com 2,0%; Rancharia, com 1,9%; Regente Feijó, com 1,4%; Ribeirão dos Índios, com 1,3%; Sandovalina, com 1,0%; Santa Mercedes, com 1,9%; Santo Anastácio, com 2,2%; e Taciba, com 1,3%.

É considerado estado de alerta locais em que os imóveis pesquisados possuem larvas do mosquito entre 1% e 3,9%, sendo índice satisfatório nos locais abaixo de 1% de larvas do Aedes aegypti.

Outras cidades do Oeste Paulista também são citadas na pesquisa, mas com índices satisfatórios de infestação. Entre os que conseguiram alcançar o índice zero estão Nova Guataporanga, Martinópolis, Estrela do Norte e Flora Rica.

Conforme o Ministério da Saúde, o LIRAa é considerado um instrumento fundamental para orientar as ações de controle da dengue, que possibilita aos gestores locais de saúde anteciparem as ações de prevenção. O levantamento é promovido em parceria com as secretarias municipais de saúde.

Ainda segundo o Ministério, além de mostrar o local com maior incidência, o mapa da dengue também revela o depósito de água onde foi encontrado o maior número de focos de mosquito. Os criadouros predominantes diferem de acordo com as regiões analisadas.

Entre janeiro e fevereiro de 2014, 1.459 municípios fizeram parte da pesquisa, o que significa um aumento de 48% em relação ao mesmo período de 2013, quando 983 cidades participaram do levantamento.

Ações de combate nas cidades em riscoDe acordo com a Prefeitura de Presidente Bernardes, apesar do número ser alarmante, o resultado é satisfatório, pois em 2013 a cidade estava com presença de larvas em 11% dos domicílios pesquisados. A administração pública ainda reforça que os casos caíram de 12 em 2013 para um 2014, no primeiro bimestre dos dois anos.

O Executivo ainda reforçou que são feitas ações diárias para acabar com a contaminação e que um mutirão de combate deve ser feito na próxima semana.

Já conforme a enfermeira chefe do Centro de Saúde de Monte Castelo, Jéssica Rocha Lopes Veronezi, o número de registro de larvas na cidade é realmente grande, mas já são feitas campanhas de conscientização e ações de combate.

“Na cidade tivemos apenas quatro casos suspeitos no início do ano, e dois já foram descartados. Nossa equipe de zoonoses também faz o bloqueio das áreas para evitar a proliferação”, afirma.

Já o integrante da equipe de zoonoses da Vigilância Epidemiológica de Álvares Machado, Claudinei Souza Braz, o grande causador do aumento dos focos de dengue na cidade se deve a pouca atuação dos moradores para evitá-los.

“Fazemos cercamento das áreas, nebulização, campanha contra criadouros, palestras em escolas de forma rotineira. Porém, com a época das chuvas, muitas pessoas se descuidam e não colocam em prática tudo aquilo que foi orientado e, infelizmente, a água fica acumulada em diversos locais”, diz.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.