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Dilma antecipa reforma ministerial e anuncia troca em seis pastas

Reforma não aliviou crise com o PMDB, que manteve dois ministérios.PROS, que anunciou saída do Blocão, continua com Integração Nacional.

A presidente Dilma Rousseff antecipou a reforma ministerial para acalmar os aliados. Foram trocados seis ministros, mas pelo que parece a reforma não aliviou a crise com o PMDB.No PMDB, quem já estava descontente, assim permaneceu. Disseram que não foram consultados sobre os convites e que as nomeações foram em meio a uma crise com os aliados no Congresso.

O presidente da Câmara deixou claro que o PMDB não fez indicações para os ministérios. “O PMDB da Câmara a qual eu pertenço não participou em momento algum da escolha desses nomes. É um direito da presidenta escolher os nomes, agora eu reconheço que ela fez boas escolhas”, afirmou Henrique Eduardo Alves.

O anúncio de seis novos ministros veio depois de duas derrotas do governo em votações na Câmara. A rebeldia foi comandada pelo PMDB, que na reforma manteve os mesmos ministérios: Agricultura e Turismo.

O líder do partido na Câmara, Eduardo Cunha, disse que a reforma não ajuda nem atrapalha na relação do PMDB com o governo, que é irrelevante. Já o PP e o PRB, que mantiveram respectivamente Cidades e Pesca, se declararam satisfeitos com as indicações da presidente.

Na Agricultura assumirá o atual secretário de política agrícola, Neri Geller. O novo ministro do Turismo será Vinícius Nobre Lages, atual gerente da Assessoria Internacional do Sebrae.

No Desenvolvimento Agrário entrará Miguel Rossetto, que já ocupou o cargo nos primeiros anos do Governo Lula. No ministério das Cidades, Gilberto Occhi, que estava na vice-presidência de governo da Caixa Econômica Federal.

No ministério de Ciência e Tecnologia assumirá o reitor da UFMG, Clélio Campolina Diniz. E na Pesca, o senador Eduardo Lopes, do PRB do Rio de Janeiro.

O Ministério da Integração Nacional, que desde outubro do ano passado está interinamente com o PROS, deve permanecer nas mãos do partido, que na quarta-feira, anunciou a saída do chamado Blocão, grupo criado na Câmara para negociar com o governo nas votações.

A posse dos novos ministros será na segunda-feira.

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