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Eles continuam aqui, disse morador da Penha sobre o crime organizado

Após morte de PM, clima era de aparente tranquilidade.Polícia fazia blitz nos acessos do Parque Proletário. 

O clima era de aparente tranquilidade nos acessos do Parque Proletário, no Conjunto de Favelas da Penha, Zona Norte do Rio, por volta das 10h30 desta sexta-feira (14). A população circulava pelas ruas e o comércio funcionava normalmente. Na noite de quinta-feira (13), o tenente da UPP Leidson Acácio Alves Silva foi atingido na cabeça enquanto fazia um patrulhamento em uma das ruas da comunidade. 

Moradores que não quiseram se identificar evitavam dar entrevistas, mas, segundo um deles, o que mudou com a pacificação foi somente a postura do crime organizado. O que mudou foi que não tem mais bandido desfilando de fuzil, mas eles continuam por aqui, estão todos entocados na comunidade, garantiu.

Nos acessos ao Parque Proletário, era possível ver equipes de policiais militares fazendo a segurança. Na avenida que corta a comunidade, havia um grupo de PMs que patrulhavam o entorno de um dos contêineres da Polícia Militar. Em outro ponto, uma blitz parava os veículos e pedia a identificação dos passageiros.

No entorno da Rua 10, onde o tenente foi morto, era possível ver marcas de tiros nas paredes das casas e em alguns carros abandonados. O tenente Leidson Acácio foi o décimo primeiro policial morto em comunidades pacificadas desde a implantação das UPPs no Rio, em 2008. No Complexo da Penha, ao todo, três PMs morreram em confrontos com criminosos.

Troca de tirosO ataque que matou o tenente Leidson Acácio Alves Silva nesta quinta-feira (13), subcomandante da UPP Vila Cruzeiro, aconteceu depois que suspeitos dispararam tiros na direção do contêiner que serve como base administrativa da unidade. O policial e colegas faziam buscas na região pelos responsáveis quando aconteceu a troca de tiros durante a qual Leidson foi atingido com um tiro na testa.

Segundo a assessoria de imprensa das UPPs, o ataque aconteceu por volta das 20h40. Tiros foram disparados na direção do contêiner que serve como base da UPP Vila Cruzeiro na Rua José Rucas. Durante a ação, ninguém se feriu.

Ainda de acordo com a assessoria das unidades, os policiais fizeram buscas na região e o patrulhamento foi intensificado em todo o Complexo da Penha à procura dos criminosos. Por volta das 22h40, policiais da UPP Vila Cruzeiro patrulhavam a Rua 10, divisa entre as comunidades do Parque Proletário e Vila Cruzeiro, quando tiros foram disparados na direção dos agentes.

Os militares revidaram e durante o confronto o subcomandante da unidade, o tenente Leidson Acácio Alves Silva, de 27 anos, foi atingido por um disparo na cabeça. Ele foi socorrido e encaminhado ao Hospital Getúlio Vargas e não resistiu ao ferimento. O Batalhão de Operações Especiais (BOPE) foi acionado e esteve na comunidade fazendo ações de varredura durante toda a madrugada. O tenente Acácio estava na corporação há pouco mais de 3 anos e estava na UPP Vila Cruzeiro há cerca de 3 meses.

ReforçoO clima ficou tenso no Conjunto de Favelas da Penha, na Zona Norte do Rio, na noite desta quinta-feira (13). Mais um policial militar foi morto; o subcomandante da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Vila Cruzeiro foi atingido por um tiro na cabeça quando fazia uma patrulhamento na comunidade. PMs contaram que além da equipe do tenente, outras três equipes policiais foram atacadas simultaneamente. A segurança foi reforçada na comunidade após o ataque.

Como mostrou o Bom Dia Rio, em pouco mais de um mês quatro policiais morreram em serviço nas UPPs dos complexos da Penha e do Alemão.

Segundo os policiais, cerca de 20 criminosos participaram do confronto. O ataque aconteceu na Rua 10, em uma área de divisa entre a Vila Cruzeiro e o Parque Proletário. Depois de ser atingido por um tiro na testa, o tenente foi levado para o Hospital Getúlio Vargas, onde foi operado, mas não resistiu ao ferimento.

O tenente Acássio tinha 27 anos, estava há um na polícia e era subcomandante da UPP da Vila Cruzeiro. Após o ataque, homens do Bope entraram na favela para procurar os criminosos. Equipes da Divisão de Homicídios decidiram esperar o dia clarear para fazer a perícia do local.

Ainda segundo policiais que trabalham na UPP, traficantes também atiraram contra um conteinêr da unidade. O tenente acácio é o 11º policial morto em área de UPP, desde a criação das unidades, em 2008.

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