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Mãe processa filho que não fecha porteira de fazenda; juíza se revolta

Magistrada considerou ação "lamentável" por tomar tempo do Judiciário com uma questão que poderia ser resolvida entre as partes

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Divulgação

Goiânia – “Lamentável”, escreveu na sentença uma juíza de Goiás por ter que analisar uma situação que ela julgou não se tratar de caso de Justiça, mas, tão somente, de bons modos e educação. Uma mãe, moradora da zona rural de Itaguari, cidade que fica a 105 quilômetros de Goiânia, na região central do estado, processou o próprio filho por ele não fechar a porteira da fazenda.

O caso de família surgiu depois que o marido da idosa faleceu e foi feito o inventário dos bens, dividindo a propriedade rural entre a esposa e o filho. Ele ficou com a parte dos fundos da fazenda e, para ter acesso a ela, precisa passar pela porteira (chamada em algumas regiões de cancela) e pelo colchete que estão na parte que ficou com a mãe. Um hábito mantido por ele, no entanto, tirou a mãe do sério.

Segundo o relatado por ela ao entrar com ação na Justiça, o filho não fechava a porteira e o colchete da propriedade, o que, para ela, é de suma importância, pois aluga o pasto para criação de gado e precisa manter tudo cercado e fechado, por segurança, para que os animais não saiam ou se misturem com outros.

A idosa alegou, ainda, que o filho deixa o cadeado jogado no chão e que, por várias vezes, levou-o consigo, abandonando-o no local somente no final do dia.

“Fechar uma porteira, porta, janela ou qualquer objeto logo após abri-lo, assim como dizer obrigado quando alguém lhe faz um favor, ou retribuir um ‘bom dia’ faz parte da educação do indivíduo que vive em sociedade, não sendo papel do Poder Judiciário ensinar bons modos, ética e moral às partes”, 

juíza Laura Ribeiro de Oliveira.

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