Uma onda de protestos varreu Brasília nos últimos dias, à medida que mais de 5 mil prefeitos de todo o país invadiram a capital em busca de soluções para a crise que afeta seus municípios. A causa da revolta dos prefeitos é o recente corte no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) promovido pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Com os cortes efetuados no FPM, muitos municípios estão enfrentando atrasos com seus credores, o que agrava ainda mais os problemas nas áreas da saúde e educação. A situação se tornou insustentável para os gestores municipais, que decidiram tomar medidas drásticas para chamar a atenção do governo federal.
O evento, que teve início na terça-feira, 3 de outubro, e continua até esta quarta-feira (4), está ocorrendo no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, e se transformou em um dos maiores protestos já vistos na capital.
Prefeitos cobram repasses do “FPM”
De acordo com as regras do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o governo federal teria como obrigação enviar recursos três vezes ao mês para as prefeituras. O montante representa 22,5% do total de arrecadação gerada pelo Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Os prefeitos alegam que os cortes no FPM têm prejudicado gravemente o funcionamento das prefeituras, levando a atrasos nos salários dos servidores, paralisação de obras e uma redução significativa na capacidade de investimento em serviços essenciais, como saúde e educação.
A maioria dos Prefeitos é da região Nordeste, onde LULA teve a maioria dos votos e foi eleito graças aos numeros de votos da região.
Além disso, a revolta dos prefeitos é agravada pela percepção de que o governo Lula não tem dado a devida atenção às necessidades municipais. Enquanto os prefeitos lutam para manter seus municípios funcionando, o presidente Lula e a primeira-dama, Janja, têm sido alvo de críticas por suas viagens internacionais e gastos extravagantes.
O presidente Lula ainda não se pronunciou sobre a manifestação dos prefeitos, o que tem aumentado a tensão entre os líderes municipais e o governo federal. A expectativa é que, nos próximos dias, haja um diálogo entre as partes para buscar soluções para a crise municipal que afeta o país.
Enquanto isso, os prefeitos continuam determinados em fazer ouvir suas vozes e garantir que suas comunidades recebam o apoio necessário para superar os desafios atuais. A manifestação no Centro de Convenções Ulysses Guimarães representa um grito de socorro dos líderes municipais que buscam respostas para a difícil situação que estão enfrentando.
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