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Três “esticadinhas” de Flávio Bolsonaro custaram mais de R$ 43 mil ao Senado

Foram duas viagens para Fernando de Noronha e uma para a Amazônia com a esposa, recheadas de lazer entre compromissos oficiais

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Divulgação

Em três viagens com “esticadinhas” em 2020 para comer bem, visitar pontos turísticos paradisíacos, pescar e dar entrevistas na TV, o Senado gastou pelo menos R$ 43.053,97 com diárias para seguranças do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), além de passagens aéreas para os agentes e para o próprio parlamentar.

Esse valor refere-se apenas a visitas a destinos nacionais, nos quais, entre uma agenda e outra, Flávio e sua esposa conheceram atrações e desfrutaram de dois dos maiores patrimônios turísticos brasileiros: Fernando de Noronha e Amazônia.

Não está incluída também a passagem que o senador disse que devolveria ao Senado referente ao último fim de semana, no qual ele voltou a Fernando de Noronha com a esposa, Fernanda Antunes. O reembolso com dinheiro público da viagem à ilha foi revelado pelo Metrópoles no sábado (31/10).

Uma das viagens ocorreu entre 28 de fevereiro e 2 de março, também no fim de semana, quando Flávio e a esposa desembarcaram em Fernando de Noronha. Outra ocorreu entre 17 e 21 de setembro, para Manaus, capital do Amazonas.

A terceira foi o retorno do casal ao arquipélago no feriado do Dia de Finados, onde o senador se encontrou com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que também havia dado uma “esticadinha” na agenda de compromissos da semana para permanecer na ilha.

Em todos esses destinos, o senador contou com passagens pagas pelo Senado. Na última viagem, porém, Flávio Bolsonaro disse se tratar de um equívoco e decidiu devolver o dinheiro – algo que não ocorreu com as demais viagens.

Compromisso

Entre fevereiro e março, apesar de o senador ter chegado à Fernando de Noronha na sexta-feira (28/02), seu único compromisso oficial público ocorreu na manhã de segunda-feira (2/03). Ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, o filho mais velho do presidente participou de uma reunião com o Conselho Distrital de Fernando de Noronha, às 11h.

De acordo com os registros do Senado, a volta do filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro a Brasília ocorreu em 2 de março, saindo do arquipélago às 14h25, ou seja, 35 minutos antes da última agenda programada pelo ministro Ricardo Salles no local, que incluía uma visita técnica, a partir das 15h, ao Centro de Visitantes do Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha.

Ainda segundo os registros do Senado, na ida para Fernando de Noronha, Flávio deixou Brasília às 5h30 do dia 28 de fevereiro, fez escala em Recife e seguiu para a ilha, onde chegou às 11h25.

As passagens de Flávio Bolsonaro custaram ao Senado R$ 2.810,43 e foram apresentadas para reembolso nos meses de fevereiro e março. Os voos foram operados pela companhia Azul. Não houve manifestação de devolução por parte do senador.

Agenda

Em nota, a assessoria de Flávio não especificou os horários das agendas cumpridas no arquipélago.

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