Buscar

André chama conselheiros do Tribunal de mentirosos

Governador perde paciência com demora para definição de aposentadoria

Pressionado para nomear ainda neste mandato o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE/MS), o governador André Puccinelli (PMDB) perdeu a paciência e, sem citar nomes, chamou dois atuais conselheiros de mentirosos por acusá-lo de pressionar a definição da aposentadoria do atual presidente José Ricardo Cabral. O pedido de aposentadoria ainda não foi publicado pelo corregedor-geral do Tribunal, Ronaldo Chadid. Devido à demora, a escolha de quem será nomeado pode ocorrer somente ano que vem, cabendo ao governador eleito, Reinaldo Azambuja (PSDB), a indicação.

Para que André não perca a prerrogativa de fazer a escolha, Chadid tem que autorizar publicação da solicitação de aposentadoria o mais rápido possível, tendo em vista que a Assembleia Legistiva é responsável por aprovar ou não o nome indicado pelo governador e a Casa de Leis entrará em recesso na próxima quinta-feira, ou seja, na prática restam apenas três sessões ordinárias.

Na avaliação do chefe do Executivo, protelar a designação para 2015 seria o mesmo que infringir a lei. “Eu estou aguardando que me enviem (a publicação do pedido) para que daí a prerrogativa (de indicação) deste conselheiro ser do Executivo possa ser legalmente deste governo. Seria uma atitude ilegal, penso eu, que se passar para o próximo governo o próximo governador determine”, opinou.

Embora esteja preocupado com a demora em resolver o caso, o peemedebista garante que não pressionou integrantes do TCE para acelerar o trâmite e, sem dizer para quem, mandou recado. “Não pressionei, não participei, não pisei dentro do Tribunal muitos meses antes da eleição como um ou dois conselheiros disseram que eu teria pressionado. Mentira de quem disse. Eu sei respeitar as instituições e exijo, não é peço, exijo respeito porque mentira de quem não tem coragem para assumir os seus atos não me merece respeito”.

Em todo caso, André acredita que a indicação será feita por ele, já que o corregedor Chadid é  “um homem correto, honesto e proficiente”. Quanto ao nome escolhido, o governador não confirmou o deputado estadual Antônio Carlos Arroyo (PR), como é ventilado. Ele preferiu manter sigilo, revelou apenas ter três opções e acrescentou algumas dicas. “Quem vai (para o TCE) tem vários nomes, mas eu o chamo pelo terceiro e quarto nome. O primeiro nome dele começa com C”, disse.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.