Buscar

Após esperar por 4 dias vaga em um CTI, mulher tem parada cardíaca e morre

Paciente estava com diagnóstico de pneumonia e tuberculose

A família de uma mulher que morreu, no último sábado (30), à espera de uma vaga em uma unidade de terapia intensiva, aqui em Campo Grande, está revoltada com a situação. A paciente ficou quatro dias em um posto de saúde, mesmo com o diagnóstico de pneumonia e tuberculose. 

No atestado de óbito de Creonilda Coelho Rodrigues Lima, de 45 anos, a causa morte está como: choque séptico e sepse, uma infecção generalizada, pneumonia e tuberculose. Para o marido, Creonilda foi vítima de espera.

“Ligávamos no Samu não tinha vaga. Todos os plantonistas que chegavam lá olhava a ficha dela retornavam para o Samu e não tinha vaga. Essa situação ficou de domingo a quarta-feira”, explica Heber de Almeida Soares, marido da vítima. 

Segundo relatos dos familiares, Creonilda teve dores no peito, foi até o Hospital Regional buscar atendimento, mas foram feitos apenas exame de sangue e nada foi constatado. O marido de Creonilda decidiu então pagar um exame particular e foi diagnosticada a pneumonia e tuberculose.

“Paguei R$ 500 reiais para descobrir o que acontecia com ela”, relata Heber. 

No hospital Pênfigo a diária que seria cobrada era muito alta, foi quando Heber levou a esposa até uma unidade de saúde da Coophavila para buscar encaminhamento para um hospital público.

De acordo com os familiares, na unidade de saúde, Creonilda teria aguardado 4 dias pela vaga no CTI. Por meio de nota a prefeitura informou que enquanto permaneceu na unidade a paciente esteve com o quadro estabilizado e recebendo toda a assistência necessária. 

Creonilda SÓ FOI foi encaminhada para o hospital Universitário na última quarta feira (27).”Foi na sexta-feira de manhã que entubaram ela, ainda na sexta ela teve duas ou três parada cardíaca. No sábado teve mais uma, mas ela não resistiu e veio a óbito”, conta Heber. 

Além de sofrer a perda da esposa, para Heber outro momento difícil de todo este drama vivido foi falar para a filha de 5 anos sobre a morte da mãe.

“Na hora que peguei ela no colo e fui levar na beira do caixão da mãe e alar que a mãe dela morreu. Para mim, foi a hora mais difícil”. 

Em agosto deste ano outra família sofreu uma situação semelhante, a  aposentada Carmem Mendes, de 85 anos, esperou 12 horas em um posto de saúde por uma vaga em um hospital público de Campo Grande. A idosa não resistiu e faleceu.

A assessoria do Hospital Regional informou que está sendo feito o levantamento do prontuário de atendimento da paciente e que vai se pronunciar sobre o caso, depois de ter essas informações. Já a prefeitura disse que para que o fato seja apurado é preciso que a família faça uma solicitação na ouvidoria da secretaria Municipal de Saúde

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.