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Delcídio e Nelsinho protagonizam ataques mútuos a oito meses das eleições

A pouco mais de oito meses das eleições, o senador Delcídio do Amaral (PT) e o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), protagonizam ataques mútuos usando como estratégia as redes sociais e a imprensa. 

Para analistas, a reciprocidade nas críticas,  agravadas nos últimos dias, contribui cada vez mais para o distanciamento político entre petistas e peemedebistas, que até dias atrás ainda nutriam esperança em selar uma coligação na disputa para o governo de Mato Grosso do Sul.  

As divergências entre os adversários no plano estadual, coincidência ou não, aumentaram de intensidade no momento em que o PMDB ameaça romper a aliança com o governo da presidente Dilma Rousseff. 

O clima hoje sinaliza como será o embate eleitoral no Estado, que começa pra valer após as convenções partidárias, marcadas para iniciar em maio. 

Na verdade, os peemedebistas pressionam o Palácio do Planalto na tentativa de ganhar o sexto ministério em sua cota entre os partidos aliados. 

Por causa disso, o comando nacional do PMDB orienta “rebelião” nas instâncias estaduais, inclusive estimulando o confronto com os petistas nos estados. 

Em sua mais recente postagem no twitter, o senador alfinetou os peemedebistas. “Nem a TRADição pode tirar mandato popular na mão grande! Só o voto!”, disparou, em referência indireta a Nelsinho. 

Pré-candidato do PT à sucessão estadual, Delcídio não tem poupado o governador André Puccinelli (PMDB), que embora seja o principal líder do PMDB no Estado, assumiu compromisso público de pedir votos para a reeleição da presidente Dilma mesmo que para isto tenha que licenciar-se do partido. 

“Choradeira diária de quem perdeu o paraíso que tinha até 2012. Apoio a Bernal em 2012 foi cumprimento de acordo político”, continuou Delcídio em outra postagem, sobre a briga entre o prefeito da Capital, Alcides Bernal (PP), e os vereadores de oposição, cuja maioria pertence ao PMDB.

Em entrevista a imprensa, Nelsinho atribuiu as provocações do adversário ao que classificou de “demonstração de desespero” pelo fato de, segundo ele, liderar pesquisa de intenções de voto na corrida governamental.  

“Cada vez que nosso grupo se une, ele (Delcídio) vem com essas baixarias”, reagiu o pré-candidato do PMDB, segundo reportagem publicada na edição desta terça-feira (21) do jornal Correio do Estado. 

REBELDIA 

Maior partido da base de apoio do governo federal, o PMDB resgatou uma ideia antiga: antecipar de junho para abril a convenção nacional que discutirá o caminho da legenda nas eleições presidenciais deste ano.

O comando partidário tem turbinado as pré-candidaturas a governador para elevar seu poder de negociação nos arranjos eleitorais e garantir mais espaços na Esplanada dos Ministérios. 

O foco dos peemedebistas é o Ministério da Integração Nacional, antes ocupado pelo PSB do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República. Atualmente, a legenda comanda cinco (Minas e Energia, Previdência, Turismo, Agricultura e Secretaria de Aviação Civil).

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