Buscar

Menina de 12 anos acorrentada pelo pai está em abrigo após dizer que mãe sabia de maus-tratos

Prisão preventiva do pai foi decretada na segunda-feira (6)

Cb image default

Pai já tinha processos por maus-tratos desde 2015 (Henrique Arakaki, Midiamax)

A menina de 12 anos que foi acorrentada pelo pai de 32 anos, no último sábado (4), em Campo Grande, foi retirada do convívio familiar e está em uma casa de acolhimento, em Campo Grande. 

O pai teve a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (6) em audiência de custódia.

Segundo o Midiamax, a conselheira Alice Arakaki, do Conselho Tutelar que atendeu a família da adolescente,  disse que,  nesse caso os pais foram negligentes e que a menina foi retirada do convívio com a família, após relatar que a mãe sabia dos maus-tratos que ela sofria e não fazia nada.

Segundo a conselheira, agora um juiz deve determinar o prazo que a adolescente deve passar na casa de acolhimento para onde foi levada e o que será melhor para a menina. Alice Arakaki não quis entrar em detalhes sobre o relato da menina, e nem se os outros irmãos sofriam também maus-tratos.

“É obrigação dos pais zelarem, dar educação aos filhos e não o Conselho Tutelar”, disse a conselheira que afirmou que nem a escola a menina frequentava regularmente.

Nesta segunda-feira (6), o pai da adolescente passou por audiência de custódia e teve sua prisão preventiva decretada. Ele já tinha processos por maus-tratos desde 2015. O homem foi indiciado por cárcere privado e lesão corporal. A prisão aconteceu no último sábado (4).

O caso

O homem levou a filha até o Batalhão da Polícia Militar do Coophavila, no último sábado (4), após contar aos militares que havia acorrentado a menina para evitar que ela se encontrasse com um namorado. No dia a adolescente teria contado ao pai que estaria grávida.

Mesmo acorrentada, a menina conseguiu fugir e foi encontrada pelo pai no cruzamento das ruas Marinha com Península, sendo levada para o pelotão policial. Os militares acionaram o Conselho Tutelar para acompanhar o caso e questionaram se a menina era agredida pelos pais, fato confirmado por ela. A menina tinha hematomas no braço e nas pernas e confirmou que foram provocados pelo pai.

A mãe da adolescente contou que que a menina fugiu na sexta-feira (3) e quando voltou para casa contou que estava grávida. O pai se alterou, mas a mãe começou a questionar a filha sobre como ela sabia que estava grávida. O fato acabou desmentido quando a menina disse que fez um teste no posto de saúde, já que o posto teria acionado o Conselho Tutelar e a família caso ela estivesse grávida.

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.