Um bebê com menos de um mês de vida morreu depois de uma peregrinação da família por hospitais da cidade em busca de atendimento. Ainda sob a emoção da perda, a família questiona - será que a pequena Bianca ainda estaria viva se os dois hospitais procurados tivessem acolhido e atendido a criança?
A família inconformada ainda se questiona. Se a gente recebeu orientação de que era para voltar para a maternidade até 30 dias do bebê, a gente chegou lá e não tinha pediatra, então eles deviam ter falado, que não teria pediatra, leva para outro lugar. Talvez minha filha estaria viva, diz a mãe, Karen Gavilan Corrêa.
A bebê de 13 dias, estava em casa com a mãe e a avó na noite do último domingo, quando passou mal. A mãe imediatamente levou a criança para a maternidade onde ela nasceu.
Lá um vigia que nos recebeu e ele disse que não tinha pediatra e pediu para a gente ir no Sírio Libanês, quando chegamos lá a porta estava trancada e um guarda saiu e ele disse que o atendimento era só para gestante, ele disse que era melhor ir na Santa Casa, ou para outro posto, relata a mãe.
Sem saber para onde ir a família resolveu ligar para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), e foram orientados a levar a criança a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) mais próximo. Local onde Bianca foi atendida.
Depois de uma hora em busca por atendimento, na UPA do bairro Coronel Antonino, a bebê foi levada para o oxigênio, foi quando entrou em processo de parada cardíaca e morreu.
Surgiram então os questionamentos dos médicos, se Bianca tinha problemas no coração. Se tirar um pedacinho do coração dela, vai demorar quatro meses para sair , está indeterminado, eles não falaram o que é, só disseram que pode ser redimia cardíaca, problema no coração dela, diz o pai, Alex de Souza.
Karen tem todos os exames pré-natal de Bianca inclusive o que atestou que a bebê estava bem formada, nascida no tempo certo, com bom peso e não apresentava problemas cardíacos.
Agora a família está no aguardo, do resultado da biopsia do coração, para entender o que aconteceu, com Bianca. Enquanto isso a avó Edna Gavilan, deixa para outras famílias o aprendizado com o drama que viveram.
Eu peço para a mãezinha que estiver passando por isso, se não tiver um celular, um telefone fixo, vai ao primeiro orelhão e liga para o Samu, explica a situação do bebê e pergunta o que fazer. O Samu vai orientar corretamente, o que deve ser feito, orienta a avó da bebê.
A produção do MS Record, entrou em contato com os dois hospitais por onde Bianca passou. A maternidade Cândido Mariano não irá se pronunciar sobre o caso. A diretora administrativa do hospital Sírio Libanês informou que o prédio está em reforma há cerca de um mês e que desconhece o fato. Tanto a maternidade quanto o Sírio Libanês reforçaram que não possuem setores de urgência nem de emergência pediátrica.
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