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Para se livrar de pichações, moradores apelam ao grafite no Cabreúva

Cansados de terem as casas pichadas, moradores do Jardim Cabreúva apelaram ao grafite para tentar conter as ações de vandalismo. Os pichadores desafiam o poder público, a polícia e não possuem limites para sujar imóveis comerciais, residenciais e até prédios. Há casos, de pichações até no 10º andar.

Depois de ter a lanchonete pichada pela quarta vez, o empresário Edson Petuco, 38 anos, pagou uma pessoa para grafitar o estabelecimento. “Eu preferi que grafitassem, pois os pichadores respeitam o local, quando tem grafite”, contou.

Ele disse que há cerca de um ano grafitou o local e gastou menos do que se fizesse sempre a manutenção da lanchonete, todas as vezes que pichavam. “Eu gastei em torno de R$ 1.800 e sei que não vou gastar mais. Quando pichavam, eu tinha que gastar para pintar.”, relatou Edson.

“Nunca mais picharam aqui”, completou o empresário. Ele afirmou que ainda não acabou de grafitar a lanchonete. “Ainda tem algumas coisas para pintar”, disse.

Na casa do pai do autônomo Otony Mustafa, 32, a situação não é muito diferente. “Três adolescente chegaram aqui, pediram para grafitar a parede de casa e meu pai deixou”, comentou. Ele disse que sempre picharam o local, mas admirou a atitude dos garotos.

“Eu gostaria que todos fossem assim, pois nós poderíamos autorizar ou não. Eles poderiam chegar e zoar com o muro, mas pediram antes”, completou o autônomo. Otony disse que o trabalho durou cerca de dois dias.

Mas os moradores acham as penas para os pichadores muito fraca. “Eu acho que não deveriam só multar, deveria ser uma pena maior”, afirmou o Edson. Otony concordou. “Eu acho que eles têm que sofrer as sanções necessárias e até reclusão”, lamentou. 

Crime - Dois jovens de 18 anos foram presos na madrugada de hoje (1), na Avenida Júlio de Castilho, na Vila Sobrinho, em Campo Grande, depois de serem flagrados pichando muros e fachadas de residências. Os rapazes também foram multados pela PMA (Polícia Militar Ambiental) em R$ 1 mil cada um, por crime ambiental. Conforme o major da PMA, Edmílson Queiroz, essa foi a primeira atuação administrativa na Capital feita pelo órgão.

Desde 1998, com a Lei de Crimes Ambientais, pichar é crime. A PMA pode multar os pichadores no valor de R$ 1 mil até 50 mil, dependendo da infração. O infrator também pode pegar pena de prisão de três 

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