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Sem PSDB na aliança, André disputa Senado com Simone suplente

Depois de descansar com a família no litoral carioca, André Puccinelli volta disposto a definir qual rumo irá  tomar com vistas a campanha eleitoral deste ano. 

O governador André Puccinelli (PMDB) retorna aos trabalhos esta semana depois de um período de férias, quando também retoma as articulações políticas visando às eleições de outubro em Mato Grosso do Sul. 

Em conversa reservada antes mesmo do encontro entre o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad (PMDB), e o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB), o governador avisou que concorrerá ao Senado, tendo como candidata a suplente a vice-governadora Simone Tebet (PMDB). 

Independente disso, a reunião entre Nelsinho e Reinaldo continua agendada para esta semana. Na conversa, o pré-candidato do PMDB tentará uma reconciliação com o tucano, com o qual gostaria de contar como candidato ao Senado em sua chapa. 

A ideia de André Puccinelli é renunciar ao cargo em abril, deixando Simone no comando do governo. 

Ele sabe que a tentativa de entendimento com o PSDB será em vão, porque o ex-aliado histórico dificilmente aceitará a reconciliação. Por isso está disposto a oficializar a sua candidatura. 

O próprio deputado estadual Zé Teixeira, vice-presidente regional do DEM, informou na semana passada que a tendência de seu partido é marchar junto ao PSDB e ao PT do senador Delcídio do Amaral na disputa para o governo de Mato Grosso do Sul. 

Zé Teixeira ouviu de Delcídio ao participar do ato da abertura do Showtec, na semana passada em Maracaju, a garantia de que a aliança entre os três partidos será sacramentada no Estado, mesmo diante dos focos de resistência tanto em nível estadual quanto nacional. 

O deputado federal Luiz Henrique Mandetta, presidente regional do DEM e primo de Nelsinho, também participou do evento em Maracaju e estaria disposto a avalizar a aliança, condicionando isso ao apoio de Delcídio a chapa de candidatos aos cargos proporcionais (Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados).  

Com pesquisas (para consumo interno) favoráveis nas mãos, a intenção de André Puccinelli é se eleger senador e, mais tarde, disputar a prefeitura de Campo Grande nas eleições de 2016, deixando Simone em Brasília caso seu projeto político prosperar. 

O governador deve ir para a disputa respaldado pelo programa MS Forte 2, tido por ele como o maior investimento da historia de Mato Grosso do Sul, orçado em R$ 3,6 bilhões em obras, principalmente em pavimentação de rodovias. 

ALIANÇA COM PT 

Apesar de toda dificuldade, o comando regional do PMDB não descarta definitivamente coligação com o PT, principal adversário de André Puccinelli no Estado. 

O alinhamento entre os dois grupos políticos continua sendo articulado por lideranças locais e nacionais, visando editar no Estado a mesma aliança que elegeu a presidente Dilma Rousseff e o vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP). 

Além de Dilma, a aliança tem o aval do ex-presidente Lula e do presidente nacional do PT, Rui Falcão, conforme atesta o prefeito de Corumbá, Paulo Duarte, presidente do diretório estadual petista. 

O encaminhamento em curso indica uma chapa majoritária encabeçada por Delcídio, tendo como vice o deputado federal Edson Giroto (PR) e André Puccinelli concorrendo ao Senado com Simone na suplência. 

Para isto, o PMDB teria de aprovar a aliança com os adversários durante sua convenção, em detrimento da candidatura de Nelsinho ao governo estadual, que, por sua vez, continua costurando acordos visando fortalecer a sua chapa. 

Além de buscar a reconciliação com os tucanos, Nelsinho deseja contar com o apoio do PSB do prefeito de Dourados, Murilo Zauth. Nesse caso, a ideia seria ter a primeira-dama do município, Cecília Zauith, como sua companheira de palanque. 

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