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Vereadores da capital  brigam por causa de gay mais bonito

Vereadores de Campo Grande quase saíram no tapa, ontem, na sessão logo depois avaliarem o pedido de moção de congratulação

Vereadores de Campo Grande quase saíram no tapa, ontem, na sessão logo depois avaliarem o pedido de moção de congratulação ao promotor de vendas, Carlos Gabriel, 21, o douradense eleito recentemente como o gay mais bonito do Brasil, título conquistado por meio do concurso “Mister Brasil Diversidade”. O debate caiu num bate-boca homofóbico [repulsa ou o preconceito contra a homossexualidade ou o homossexual].

Foi a vereadora Luiza Ribeiro, do PPS quem pediu a moção. Normalmente, tal procedimento duraria alguns minutos, apenas. Contudo, o clima esquentou ao ponto de a sessão ser interrompida e encerrada depois de uma sequência de exposições contrárias à solicitação da vereadora.

Catorze vereadores votaram sim pela proposta, seis contrários, sendo que cinco deles compõem a bancada evangélica.

Paulo Pedra, vereador do PDT, acendeu o debate ao dizer que “toda família evangélica tem um gay, ou vai ter”. Depois, o pedetista se retratou e disse que “toda família brasileira tem um gay”.

Elizeu Dionizio, do PT do B, logo reagiu: “a minha família não tem gay e, se Deus quiser, não vai ter”. Pedra considerou a frase um ato homofóbico.

O evangélico Alceu Bueno, do PSL, entrou na discussão e baixou ainda mais o nível da briga: “tenho vergonha de Campo Grande e de Mato Grosso do Sul por exportar gay”. Carlos Gabriel vai representar o Brasil na disputa mundial do Miss Gay.

Flávio terminou a sessão e o pedido de Luiza Ribeiro foi aprovado. 

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