Uma mulher que terá a sua identidade preservada conseguiu escapar das agressões físicas e verbais do marido após ligar para a polícia e fingir que queria pagar um boleto. O fato aconteceu no sábado (24) em Miranda.
Conforme divulgado pela PM, o Centro de Operações Policiais Militares de Miranda (Copom) recebeu uma ligação na qual uma mulher dizia que iria passar o endereço para que mandassem o boleto. Uma ligação até então fora do comum para o serviço de emergência.
“Vou te passar o endereço para que me mande o boleto para eu pagar” dizia a mulher no outro lado da linha, repetidas vezes. O atendente notou que a mulher repetia a mesma frase em baixo volume e de maneira acelerada, motivo que o levou a permanecer na linha.
Por conta disso, o policial militar escutou sons que remetiam a agressão física, choro e pedidos de socorro. Sabendo que a situação era grave, o atendente deixou uma equipe pronta esperando o endereço para intervenção imediata.
Alguns minutos após, a vítima novamente ligou e dessa vez conseguiu passar o endereço de maneira velada.
“O endereço para o boleto minha filha, é ...”! Dizia ela várias vezes. Prontamente a equipe da PM seguiu ao local e chegando à residência, o suspeito da violência doméstica, um homem de 54 anos, os atendeu dizendo que estava tudo tranquilo.
Nesse momento, a vítima de 50 anos saiu correndo de dentro da casa e declarou estar sendo agredida física e verbalmente, inclusive sendo trancada no quarto.
O homem foi preso e apresentado na Delegacia de Polícia Civil de Miranda as devidas providências.
Serviço
O 190 é o telefone de emergência da Polícia Militar indicado para quem está sofrendo ou presenciando agressões.
O 180 – Central de Atendimento à Mulher, registra e encaminha denúncias de violência contra a mulher aos órgãos competentes, bem como reclamações, sugestões ou elogios sobre o funcionamento dos serviços de atendimento.
O 181 – Disque Denúncia, é um serviço de destinado a mobilizar a sociedade na luta contra o crime e a violência no Estado de Mato Grosso do Sul. Sua principal característica é o caráter sigiloso dos procedimentos, já que em momento algum o denunciante precisa se identificar.
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