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JBS 'doa' R$ 1,5 milhão para Prefeitura usar em inspeção sanitária

Dois convênios foram assinados no dia 2 de janeiro de 2017

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Divulgação

Responsável pelas delações que geraram a maior crise política e institucional no país, a JBS também fez repasses à Prefeitura de Campo Grande. Em 2017, o montante chegou a R$ 1,5 milhão, sem nenhuma contrapartida do município.

Os dois convênios entre a JBS e a Prefeitura, por meio da Sedesc (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico), foram assinados no dia 2 de janeiro, ou seja, apenas um dia após a posse do prefeito Marquinhos Trad (PSD).Reinaldo diz que deu incentivo à JBS para 'gerar emprego e atrair investidores'

Ambos preveem ‘repasse de recursos financeiros ao proponente (Prefeitura) com a finalidade de fomento ao desenvolvimento econômico, ciência e tecnologia, agronegócio, pesca e aquicultura’. O primeiro tem valor de R$ 1.125.000,00 e o segundo de R$ 391 mil.

Segundo a Prefeitura, o convênio existe desde 2009 e havia vencido no dia 31 de dezembro de 2016, e foi firmado com ciência do MAPA (ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento). Os recursos, revela a assessoria do prefeito, também são usados no estudo da cadeia produtiva da carne, na emissão do selo do Serviço de Inspeção Municipal (SIM), treinamento de técnicos do agronegócio, acompanhamento da agricultura familiar, tecnologia e informação de várias cadeias produtivas do município, entre outros programas da Sedesc.

O SIM, foi regulamentado em 2014, e tem a competência da prévia ‘inspeção e fiscalização, sob o ponto de vista sanitário, higiênico e tecnológico, dos matadouros, frigoríficos, fábricas de conserva de produtos cárneos e de pescado, fábricas de produtos gordurosos, usinas e fábricas de laticínios, entrepostos de carnes, peixes, ovos, mel, cera e demais derivados de produtos de origem animal que sejam produzidos, manipulados, elaborados, armazenados, transformados e preparados no Município de Campo Grande’.

Os dois convênios, que preveem repasses até maio de 2017, foram assinados por representantes das duas unidades (frigoríficos) que a JBS tem em Campo Grande e que, portanto, são fiscalizadas pelo Serviço que ela mesma ajuda a custear.

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