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As pessoas mais ricas do mundo ficaram um pouco mais pobres em 2015

CARLOS SLIM, O EMPRESÁRIO QUE MAIS PERDEU (Foto: HECTOR VIVAS/STR/GETTY IMAGES)

Afortuna somada das 400 pessoas mais ricas do mundocaiu US$ 19 bilhões em 2015. O levantamento foi feito pela Bloomberg, que possui um índice de bilionários. A queda no preço das commodities e os sinais de que o crescimento da China está desacelerando são apontados como motivos para o declínio no ano. Esses fatores mexeram com as bolsas pelo mundo. É a primeira vez que isso acontece desde que 2002, quando o índice foi criado. 

O mexicano Carlos Slim foi o que mais perdeu (US$ 20 bilhões), após as ações da America Movil caírem 25% até o dia 28. A queda teve a ver com a tentativa do México de tornar menos concentrado o mercado de telecomunicações Slim, que já ocupou o posto de mais rico do mundo em maio de 2013, caiu para a 5ª colocação. O megainvestidor Warren Buffett perdeu US$ 11,3 bilhões após sua empresa, a Berkshire Hathaway, ter seu primeiro retorno negativo desde 2011. Nem Bill Gates, o mais rico do mundo, escapou: perdeu US$ 3 bilhões no ano.

Por outro lado, o ano foi uma maravilha em termos de dinheiro para Amancio Ortega, da Inditex, que controla marcas como Zara. A alta das ações o colocou como o 2º mais rico do mundo. Jeff Bezos também ficou bem na cena, sendo o bilionário que mais ganhou dinheiro em 2015: US$ 31 bilhões, levando sua fortuna a US$ 59 bilhões. 

Mesmo com a perda no quadro geral, as pessoas mais ricas do mundo ainda controlam US$ 3,9 trilhões — mais que o PIB do Brasil.

Brasileiros

Alguns brasileiros aparecem em destaque na análise da Bloomberg. O banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, preso no final de novembro, perdeu US$ 1,5 bilhão. Sua prisão foi motivada por suspeita de que ele tentou atrapalhar as investigações da Lava Jato e, depois disso, deixou a presidência e o controle da empresa. Atualmente, ele está em prisão domiciliar.

Jorge Paulo Lemann, do 3G Capital, aparece como o que brasileiro que mais ganhou em 2015 (US$ 2,2 bilhões), mantendo sua posição de mais risco do país. Seus sócios, Marcel Telles e Beto Sicupira, também ganharam. Entre os grandes negócios feitos pelo 3G neste ano estiveram a fusão da Kraft com a Heinz e a aquisição da SABMiller pela AB InBev.

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