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Cesta básica sobe quase o dobro da inflação em Campo Grande

Cesta subiu 22,78% e inflação variou de 9,96% a 11,41%.Produto que mais subiu de preço no ano foi o feijão, 63,14%.

(Foto: Reprodução TV Morena)

Em 2015 o preço da cesta básica subiu 22,78% em Campo Grande em relação a 2014, passando de R$ 308,32 para R$ 378,55, uma diferença de R$ 70,23, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (8), pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

O índice de aumento da cesta básica no ano passado na capital de Mato Grosso do Sul representa quase o dobro de dois indicadores de inflação já divulgados para a cidade no período. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2015 foi de 9,96% e o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), da Uniderp, relatou que Índice de Preços ao Consumidor (IPC/CG) no ano ficou em 11,41%.

De acordo com o Dieese, o preço da cesta básica em Campo Grande apresentou em dezembro de 2015 uma alta de 2,70% em relação a novembro, quando custava R$ 368,59. Entre as 18 capitais em que a instituição faz a pesquisa, o percentual da cidade foi o décimo maior. Para comprar os produtos que a compõem, o trabalhador que recebe um salário minimo liquido, já com o desconto com a contribuição previdenciária, utilizaria 52,22% de sua remuneração, o que equivale a 105 horas e 41 minutos de trabalho.

Em dezembro, dos 13 produtos da cesta básica, 11 subiram de preço. As maiores altas foram do feijão (12,62%), açúcar (11,73%), tomate (7,09%), manteiga (6,37%), banana (4,66%), leite (3,57%), óleo de soja (2,98%), pão francês (2,65%), arroz (2,42%), café em pó (1,39%) e carne bovina (0,10%). Apenas os preços da batata (3,66%) e da farinha de trigo (2,98%) recuaram.

A exemplo do que ocorreu em dezembro, no ano, o produto que registrou a maior alta foi o feijão, com acumulado de 63,14% de variação. Depois aparece o tomate com 49,50%, a batata, com 47,01%, o pão francês com 25,03% e o açúcar, com 25%.

O Dieese aponta que a alta consistente nos preços da cesta básica iniciada em outubro de 2015 deve continuar em 2016 e que os produtos que saem diretamente do “campo para a mesa” dos consumidores são os que estão mais suscetíveis a variações extremas de preços em razão das “intempéries climáticas”. 

Cesta básica familiar e salário mínimo necessárioA entidade aponta que o custo da cesta básica para uma família com quatro pessoas, dois adultos e duas crianças, em dezembro foi de R$ 1.135,65, e que o salário minimo necessário (SMN), remuneração que seria suficiente para suprir as despesas familiares com moradia, saúde, alimentação, educação, higiene, transporte, vestuário, lazer e previdência chegaria a R$ 3.518,51.

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