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Com oferta reduzida, carne fica até 47% mais cara

Em um ano, preço aumentou, em média, 17,23%, o dobro da inflação do período

Consumidor continua desembolsando valores acentuados na compra da carne bovina (Foto: )

Com oferta reduzida e consumo estável, o preço da carne bovina continua em trajetória de alta, contabilizando, no varejo de Campo Grande, variação de 47,61% no fechamento de abril em relação a igual período do ano passado. Em média, o valor do alimento encareceu 17,23%, o dobro da inflação acumulada no período, de 8,64%. Os estoques menores, associados a uma demanda que permanece aquecida, ajudam a entender esse cenário. 

De acordo com o Núcleo de Estudos e Pesquisas Econômicas e Sociais (Nepes), da universidade Uniderp/Anhanguera, a carne apresentou altas significativas nos comparativos mensal e anual. Dos 14 cortes pesquisados, 13 ficaram mais caros e um teve ligeira variação negativa na comparação entre abril deste ano e o mesmo mês de 2014 – a deflação foi verificada no valor médio da costela ripa (de R$ 10,11 para R$ 10,05, diferença de -0,55%).  De março para abril deste ano, dez cortes encareceram e quatro sofreram quedas nos preços – as variações negativas (máxima de -3,65%) foram menos expressivas que as positivas (teto de 11,91%). 

Em um ano, as inflações mais acentuadas foram as dos seguintes cortes: fígado (47,61%, de R$ 7,89 para R$ 11,65), coxão mole (43,57%, de R$ 14,99 para R$ 21,52), músculo (24,46%, de R$ 10,29 para R$ 12,61), peito (21,31%, de R$ 11,75 para R$ 14,25) e agulha (19,83%, de R$ 10,58 para R$ 12,68). Já de março para abril, as peças com altas mais expressivas foram: filé-mignon (11,91%, de R$ 29,12 para R$ 32,59), coxão mole (7,65%; custava 19,99 em março) e fígado (7,61%; o valor médio em março era de R$ 10,82). 

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