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Produção industrial de MS cai após duas altas seguidas, aponta Fiems

Índice de evolução da produção industrial caiu 1% em setembro. Fiems diz que apesar da queda, indicador tem trajetória ascendente.

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Divulgação

A produção industrial de Mato Grosso do Sul caiu em setembro, após registrar dois meses de alta consecutivos, julho e agosto. É o que aponta a “Sondagem Industrial”, realizada pelo Radar da Federação das Indústrias do estado (Fiems) e divulgado nesta quinta-feira (3).

“O índice [de evolução da produção industrial] marcou 47,6 pontos, queda de 1% em relação a agosto. Apesar do recuo, é importante ressaltar que o indicador vem apresentando trajetória ascendente desde o início do ano, porém, o índice ainda permanece abaixo da linha divisória dos 50 pontos”, detalhou o coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende.

Ele destaca que em setembro, para 27,7% das empresas ouvidas, a quantidade produzida caiu, enquanto para 56,6% houve estabilidade e para 15,7% aumento. “Por outro lado, segue elevada a capacidade ociosa na indústria de Mato Grosso do Sul, pois, para 44% dos respondentes, a utilização da capacidade instalada esteve abaixo do usual para o mês. Já o índice ficou em 40,6 pontos em setembro, permanecendo muito abaixo do patamar considerado adequado para o período, que é alcançado quando o indicador se situa em torno dos 50 pontos”, explicou, completando que a ociosidade média da capacidade instalada ficou em 30%.

O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems ressalta, contudo, que é importante ressaltar que em todas as variáveis houve melhora na comparação com o trimestre anterior e mesmo trimestre do ano passado.

“Em Mato Grosso do Sul, no 3º trimestre de 2016, 52% dos empresários industriais consideraram ruim a margem de lucro operacional obtida no período. Na mesma comparação, o acesso ao crédito foi considerado difícil por 68,8% dos empresários, enquanto a situação financeira geral da empresa foi considerada ruim por 56,4% dos respondentes, mas responderam que houve aumento dos preços das matérias-primas utilizadas”, afirmou.

Ainda de acordo com a “Sondagem Industrial”, as principais dificuldades enfrentadas pelos industriais de Mato Grosso do Sul no 3º trimestre de 2016 são a elevada carga tributária, a inadimplência dos clientes, a taxa de juros elevadas, a falta ou alto custo da matéria-prima, a falta de capital de giro e a demanda interna insuficiente. “Enfim, em resumo, o desempenho do setor industrial sul-mato-grossense deu uma arrefecida, mas nada que não deve ser revertido nos próximos meses”, projeta.

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