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Vaias a Fred e brigas marcam derrota histórica do Brasil no Mineirão

Torcedores deixaram o estádio antes mesmo do fim da partida, inconformados com resultado

Um vexame inesquecível da seleção brasileira contra a Alemanha abateu o Mineirão nesta terça-feira (8). A goleada histórica de 7 a 1, em casa, destroçou a esperança verde e amarela. O apoio das arquibancadas no começo da partida se transformou em apreensão no primeiro gol, passou pelo descrédito no segundo e virou apatia no restante do jogo.

Pra quem nunca tinha perdido um jogo oficial para a Alemanha, a humilhação foi doída. Quase foi possível entender o que aconteceu em 1950. Um Mineirazzo. 

Os cerca de 50 mil brasileiros que estavam no Mineirão ficaram sem compreender como era possível sofrer cinco gols em meia hora e muitos apelaram para xingamentos. O principal alvo foi o atacante Fred, que foi criticado durante toda a competição. A cada toque e substituição, a vaia sobressaía. Sobrou até para a presidente Dilma Rousseff e para o ex-jogador Ronaldo Fenômeno, no momento em que ele apareceu no telão. No Mineirão, palco onde Ronaldo se lançou para o mundo, o alemão Klose passou o brasileiro como maior artilheiro da história das copas.

Revoltados, muitos torcedores foram embora no intervalo. Mesmo pagando R$ 3.000 pelo ingresso, além da passagem entre São Paulo e Belo Horizonte, o lutador Ralf Emílio Santos, de 28 anos, saiu mais cedo do estádio. Na 2ª etapa do jogo, já se viam muitas cadeiras vazias no local.

— Nem quero ver o segundo tempo. É um vexame, esse time está todo aberto. Deram o que a Alemanha queria. 

Impacientes, alguns torcedores trocaram a festa pela briga. Seguranças da Fifa subiam frequentemente as arquibancadas correndo para separar confusão. Ainda no 1º tempo, cinco militares foram chamados para apartar uma briga e um torcedor foi retirado. Teve também discussão na fila da cerveja.

Os últimos gols da Alemanha foram aplaudidos de pé por brasileiros, que ensaiaram um grito de olé enquanto os europeus dominavam a bola. Enquanto isso, os alemães se divertiam incrédulos na arquibancada, com um coro lembrando a parada final: Rio de Janeiro ô ô ô ô ô. 

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