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Sucessão de erros causou tragédia em Porto Murtinho

(Foto: Valdenir Rezende/Correio do Estado)
Saiba Mais
  • Mais um corpo vítima de naufrágio em Porto Murtinho é encontrado
  • Dois corpos de vítimas de naufrágio são achados; 13 estão desaparecidas
  • Navio da Marinha boliviana naufraga no Rio Paraguai
  • Marinha emitiu alerta antes de vendaval e suspeita é de que barco-hotel tenha ignorado sinal

Uma sucessão de erros causou o naufrágio do barco-hotel “Sonho do Pantanal”, embarcação paraguaia, ocupado por 27 pessoas, anteontem à tarde. Das 14 que sumiram nas águas do Rio Paraguai, em frente à cidade de Porto Murtinho, três tinham sido achadas mortas, até o início da noite de ontem. 

O navio afundou logo depois de uma tempestade seguida de rajadas de ventos de até 92 km/h. Das 27 pessoas que seguiam no barco, 16 são brasileiras e 11 paraguaias. O naufrágio ocorreu a poucos metros da margem do rio, na comunidade paraguaia conhecida como Carmelo Peralta.

Assim que o tempo fechou e a rajada de vento avançou sobre a região, a Marinha brasileira emitiu um sinal de alerta aos comandantes de barcos que navegavam pelo Rio Paraguai aos arredores de Porto Murtinho, o “Sonho do Pantanal” um deles.

“Sempre fazemos isso [sinalização de alerta] em casos de tempestades, avisamos as tripulações dos barcos via rádio”, disse o capitão-tenente da Marinha, Alexandre Brandão.

O comandante do barco-hotel, contudo, desprezou a informação e seguiu navegando. Restavam apenas 30 metros de distância para que o navio paraguaio fosse atracado nas margens do rio.

O naufrágio ocorreu repentinamente, segundo depoimentos dos sobreviventes, colhidos ontem pelo delegado da Polícia Civil, Rodrigo Zannoto. “Havia coletes salva-vidas dentro do barco, mas nenhum dos ocupantes vestia os esquipamentos de segurança”, disse o delegado.

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