Publicado em 18/03/2014 às 09:33, Atualizado em 26/10/2016 às 09:15

Corumbá tem 3 mortes confirmadas por gripe H1N1, diz secretaria em MS

Terceira morte na cidade foi confirmada por vínculo epidemiológico.Órgão estadual descarta possibilidade de surto do vírus Influenza.

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Três mortes por gripe H1N1 foram confirmadas em Corumbá, a 444 km de Campo Grande, no ano de 2014, conforme a Secretaria Estadual de Saúde (SES). O órgão estadual descartando possibilidade de surto do vírus Influenza, porém, a população do município está apreensiva. Nas farmácias, o álcool gel e máscaras de proteção começam a faltar.

Mesmo sem um laudo que aponte a gripe H1N1 como a causa da morte de uma mulher de 35 anos, esse já é considerado o terceiro óbito pela doença confirmado em Corumbá, somente em 2014. Ela morreu no fim de janeiro no Hospital de Caridade.

Para a SES, o vínculo epidemiológico com a mãe, de 61 anos, confirma o diagnóstico. É que a idosa, que morreu uma semana depois da filha, foi o primeiro óbito confirmado pela gripe H1N1. O laudo foi feito pelo Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo. Mãe e filha, que conviviam diariamente, apresentavam os mesmos sintomas, o que deixa toda a família preocupada.

Inicialmente, no atestado de óbito de mãe e filha, consta uma pneumonia bacteriana como a causa das mortes. Secreções nasais da idosa foram analisadas pelo Laboratório Central deMato Grosso do Sul (Lacen/MS), mas o exame deu negativo para H1N1. Um resultado possível, já que a coleta foi feita depois do prazo considerado aceitável.

A outra confirmada pelo vírus Influenza foi de uma pessoa que morreu no dia 24 de fevereiro e que não teve a identidade revelada. A confirmação foi feita pela prefeitura de Corumbá, que também recebeu o laudo do Instituto Adolfo Lutz, no último fim de semana.

As mortes registradas na cidade mudaram a rotina da população. Nas farmácias e drogarias, o álcool gel, produto usado para higienizar as mãos, já começa a faltar. Máscaras de proteção também estão entre os produtos mais vendidos. Até mesmo o Oseltamivir, medicamento mais conhecido como Tamiflu, usado no tratamento da gripe H1N1, também tem sido procurado, mas está em falta nos estabelecimentos. Clínicas particulares de Corumbá e de Campo Grande ofereceram cerca de mil doses da vacina na cidade.

A prefeitura chegou a pedir para o Ministério da Saúde uma antecipação da campanha de vacinação. Entretanto, para o ministério, como não há risco de uma epidemia de gripe A H1N1, a campanha de vacinação está mantida e deve começar no dia 14 de abril.

Atualmente, há oito pacientes internados no Hospital de Caridade com quadro de pneumonia. Segundo a prefeitura, exames desses oito pacientes deram negativo para H1N1.

Equipes da SES e do Ministério da Saúde estão em Corumbá analisando todas as suspeitas da doença.