Buscar

Vacinação contra HPV em pré-adolescentes começa na 2ª-feira

A Prefeitura Municipal de Campo Grande, por meio da Secretaria de Saúde Pública (Sesau) inicia nesta segunda-feira (10) a vacinação contra o HPV (Papilomavírus humano). Na Capital, a estimativa é de que sejam imunizadas cerca de 20 mil pré-adolescentes do sexo feminino. A vacinação ocorrerá em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e em escolas públicas e privadas.O Ministério da Saúde adotará o esquema vacinal estendido, composto por três doses. A segunda dose, seis meses após a primeira e a terceira dose, 60 meses (cinco anos) após a primeira. A população alvo da vacinação é composta por adolescentes do sexo feminino na faixa etária entre 11 e 13 anos de idade, no ano da introdução da vacina (2014); 9 a 11 anos, no segundo ano de introdução da vacina (2015); e 9 anos de idade, do terceiro ano em diante (2016).De acordo com a médica infectologista da Sesau, Andyane Tetila, “a imunização é uma ferramenta de prevenção primária e também não substitui o rastreamento do câncer. Da mesma forma, a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis (DST) e, por isso, a importância do uso do preservativo em todas as relações sexuais”.PNI – Em 2014, O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), amplia o Calendário Nacional de Vacinação com a introdução da vacina quadrivalente contra o papilomavírus humano (HPV) no Sistema Único de Saúde (SUS). A vacinação, conjuntamente com as atuais ações para o rastreamento do câncer do colo do útero, possibilitará, nas próximas décadas, prevenir essa doença que representa hoje a segunda principal causa de morte por neoplasias entre mulheres no Brasil.A introdução de qualquer vacina ao PNI é submetida à rigorosa análise técnica, pautada por critérios epidemiológicos, imunológicos, socioeconômicos, operacionais, financeiros e tecnológicos. Desde 2007, a realização de estudos de custo-efetividade tem sido imprescindível em todas as incorporações de vacinas, uma vez que se deve considerar não somente o impacto da vacina na redução da morbimortalidade da doença, mas também a eficiência do programa de imunização, isto é, os benefícios à saúde frente à redução nos custos relacionados à doença (hospitalizações, tratamentos, dias de trabalho e de estudos perdidos, além da sobrevida).Devido à sua alta incidência e mortalidade, o câncer do colo do útero é um importante problema de saúde pública, especialmente nos países em desenvolvimento. Embora tenha alta incidência, este câncer apresenta forte potencial de prevenção e cura quando diagnosticado precocemente, seja por meio de consultas regulares ao ginecologista seja pela realização regular dos exames recomendados a partir dos 25 anos de idade. Entre as estratégias de prevenção mais utilizadas, além da detecção precoce, encontram-se a imunização, o uso de preservativo e as ações educativas.Ao considerar que o HPV é condição necessária para o câncer cervical, a imunização como prevenção reduz o número de lesões precursoras e de doentes. O Ministério da Saúde adotou a vacina quadrivalente que confere proteção contra os tipos de HPV de baixo risco (HPV 6 e 11) e os de alto risco (HPV 16 e 18).

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.