Quatro dias após o depoimento do ex-marido, mulher de 22 anos, acusada de atear fogo no homem de 29, teve a prisão preventiva revogada pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva.
O caso aconteceu no dia 9 de abril na casa do casal em Sidrolândia.
A vítima sofreu queimaduras de terceiro grau no pescoço e foi socorrida em estado grave.
A mulher chegou a ter a prisão preventiva decretada pela Justiça no dia 11 de abril. Na ocasião, o homem estava internado na Santa Casa de Campo Grande. Ele acabou recebendo alta e prestou depoimento na Delegacia de Jardim quase um mês depois. Na ocasião, garantiu à polícia que a ex-esposa não teve intenção de matá-lo quando jogou o álcool e ateou fogo nele.
Ele afirmou que houve uma discussão entre os dois durante uma festa de família no dia 9 de abril e que tudo aconteceu no “calor de uma discussão”. O padeiro contou ainda que eles já estavam em processo de separação e que a briga começou por conta de música.
No dia 17 de abril, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) denunciou a mulher por tentativa de homicídio qualificado por motivo fútil, emprego de fogo e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima.
Mas na última sexta-feira (12), o juiz decidiu por revogar a prisão da acusada por entender que ela havia sido vítima de violência doméstica. Na decisão, o magistrado também considerou o fato de ela ter uma filha que depende de seus cuidados.
“A custodiada agiu para se defender, tendo em vista ser vítima de violência doméstica, havendo inclusive, solicitado medidas protetivas de urgência em desfavor da vítima há mais de um mês”, declarou o juiz.
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