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Com recusa e ausência, IBGE – enfrenta uma série de dificuldades para coletar os dados em Maracaju

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas – IBGE – enfrenta uma série de dificuldades para coletar os dados dos moradores da cidade e da área rural.

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Divulgação

A contagem populacional de Maracaju teve início no último dia 1 de agosto e, de acordo com Jéssica Fabiana Amarilia Lopes Gamarra, coordenadora da equipe do IBGE, em Maracaju, o índice de recusa e de ausência está muito grande, o que é fato preocupante. “Já houve casos de o recenseador visitar oito vezes um mesmo endereço e, apesar de deixar um bilhete com o número do telefone (incluindo WhatsApp), não estão conseguindo retorno” informa Jéssica.

No quesito recusa, Jéssica diz não conseguir identificar o que leva muitas famílias se recusarem a passar as informações aos recenseadores.

Ela diz que Maracaju é uma cidade em constante evolução, porém, o pessoal do IBGE não está conseguindo passar essa evolução para o quadro de dados do Instituto.

Para Jéssica Fabiana, a ausência de pessoas em alguns domicílios e as recusas em fornecimento de informações podem prejudicar o levantamento populacional de Maracaju, assim como o banco de informações de grande relevância que são os detalhes sobre como vive a população maracajuense, sua renda, etnia, raça e grupo familiar, além de se conhecer a real situação do índice de desenvolvimento humano do município.

O CENSO 2022 – O Censo Demográfico, efetuado por equipes humanas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é um levantamento muito importante para o país.

A edição de 2022, que começou no início de agosto, é necessária para observar os dados atualizados do Brasil, em especial, no contexto dos dias atuais. Cento e oitenta mil recenseadores iniciaram o período de visita a 76 milhões de domicílios no Brasil, para coletar dados da população que vão servir de subsídio para que estados, municípios e a União possam formular suas políticas públicas.

“O Censo Demográfico é realizado no Brasil desde 1872. E desde 1920, ele acontece a cada 10 anos, sempre em datas fechadas. Antes de 2020, com a pandemia, a pesquisa já foi adiada duas vezes: uma em 1930, por conta do levante que permitiu a chegada de Getúlio ao poder, e em 1990, por atraso do governo Collor, que tentou evitar a contratação dos recenseadores, ele queria contratar servidores, mas a justiça o impediu”, relembrou Thiago Modenesi, cientista político, historiador e professor da Unit-PE.

Os principais fatores a serem analisados, em situação urbana e rural, são: emigração internacional, sexo, idade, cor ou raça, etnia ou povo, religião ou culto, registro de nascimento, deficiência física ou mental, migração interna e imigração internacional, educação, deslocamento para estudo e trabalho, nupcialidade, característica do trabalho e do rendimento, fecundidade e mortalidade. O tempo previsto entre o início da coleta e a liberação dos dados é de 3 anos. O último Censo foi realizado em 2010.

No questionário desse ano, pela primeira vez, serão abordadas informações sobre a infraestrutura local existente, sendo ruas com calçadas e arborizadas, acessibilidade, capacidade de fluxo da via e iluminação pública.

O Censo 2022 está sendo marcado pelo atraso e pela pressa na realização, aponta o professor Thiago Modenesi. “A ida para as ruas foi precedida por um calendário bem apertado, com cancelamento de editais, gerando dificuldades para seu começo”, afirmou.

IMPORTÂNCIA – Vários benefícios e definições podem ser feitos a partir do Censo: determinação do público-alvo das políticas públicas, detalhamento da população para campanhas de vacinação, recuperação pós-pandemia, transferência de orçamentos para estados e municípios, funcionamento do Bolsa Família e assistências como habitação, transporte, energia, saúde e educação.

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