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Médicos retiram parte do cérebro de Schumacher

O piloto Michael Schumacher segue em estado crítico de saúde no Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França

O piloto Michael Schumacher segue em estado crítico de saúde no Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França. O alemão teve uma pequena parte do cérebro removida pelos médicos na tentativa de diminuir a pressão craniana, segundo o jornal alemão ‘Bild’.

O risco agora, porém, é que o ex-piloto sofra hemorragia cerebral e infecção. Segundo o cirurgião suíço Fréderic Rossi, os riscos vão de inchaço até sangramento pela abertura externa do cérebro. Nos próximos dias Schumacher será reavaliado para que a equipe médica saiba quais partes do cérebro estão ativas e quais ainda estão dormentes.

Schumacher sofreu acidente em 29 de dezembro quando andava de esqui na estação de Meribel, na França. Ele perdeu o controle e bateu a cabeça em uma pedra. O alemão está em coma induzido há 15 dias.

Em uma nova coletiva de imprensa realizada neste terça-feira, a equipe médica do Centro Hospitalar Universitário de Grenoble, na França, afirmou que o quadro de Michael Schumacher apresentou uma leve melhora nas últimas horas. De acordo com o diretor geral do hospital, o piloto alemão passou por uma nova cirurgia na noite desta segunda-feira (22h locais), que durou cerca de duas horas, para diminuir a pressão no cérebro. Após o procedimento, um novo exame apontou uma ligeira melhora no quadro clínico do heptacampeão mundial.

Nós fizemos uma varredura sem nenhum risco desnecessário, que apontou uma leve melhora. Nós temos alguns sinais para achar que a situação está mais controlada do que ontem - disse o doutor Jean-Francois Payen, o mesmo que na coletiva da manhã de segunda-feira disse que Schumacher estava lutando pela vida.

Diante de uma sala lotada de jornalistas de todo o mundo, a equipe médica afirmou que a cirurgia serviu para eliminar um hematoma do cérebro do ex-piloto. O resultado foi bem sucedido, uma vez que o nível de pressão intracraniana, uma das grandes preocupações da junta médica devido ao risco de lesões cerebrais irreversíveis, melhorou. Ainda de acordo com os médicos, as próximas horas serão cruciais para a melhora do quadro do paciente, que permanece em coma induzido. 

- Foi uma decisão difícil (de operar). Mas decidimos eliminar um hematoma. O nível de pressão no intracraniana melhorou. Mas os exames mostram que existem outras lesões. Não se pode afirmar que ele está fora de perigo, pois as coisas podem evoluir muito rapidamente tanto para melhor quanto para pior, mas seu estado geral está melhor do que ontem. Ainda não podemos dizer em que estado ele estará em quando ele acordar - disse Emmanuel Gay, um dos cirurgiões do hospital francês.

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