O guardador de carros José F, de 36 anos, acusado de matar um bebê por espancamento em Dourados levou uma surra dos 11 presos que dividiam com ele uma das celas do 1º DP.
No final da manhã desta terça-feira, policiais civis ouviram gritos vai morrer e imediatamente foram até as celas. Encontraram o guardador de carros caído ao chão, todo machucado.
Encaminhado ao Hospital da Vida, José F, passou por exames e a equipe médica constatou que ele não tinha nenhuma fratura, apenas lesões causadas por socos e chutes que levou por todo o corpo.
Por volta das 16h, os policiais reencaminharam o acusado à delegacia. O delegado Adilson Sitiguivitis, que apura o caso, registrou Boletim de Ocorrência contra os presos que agrediram o guardador de carros, no entanto, o acusado não quis assinar o boletim contra os colegas de cela. O documento foi anulado.
Como o guardador de carros corre risco de morte caso continue em uma cela com demais presos, ele será transferido ainda hoje para a Phac (Penitenciária Harry Amorim Costa), onde ficará isolado.
O caso
Em troca de um abrigo, a ex-moradora de rua, de 26 anos, mãe do bebê, ajudava o guardador de carros no centro da cidade. Ela ficava na casa onde o homem mora com a esposa e filhos, e contribuía com uma parcela do dinheiro que arrecadava no trabalho.
Sem ter para onde ir, a mulher aceitava agressões do acusado, em seguida, o bebê de 5 meses, filho de um presidiário, passou a ser alvo.
Na noite de domingo, o guardador de carros bateu na criança até que ela precisasse ser internada em estado grave. Funcionários do hospital se atentaram à situação e acionaram as autoridades. Na segunda-feira, o homem foi detido e enquanto era interrogado, recebeu a informação da morte do bebê.
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