Buscar

Menina de dois anos estuprada pelo padrasto não tinha contato com a família do pai desde que nasceu

As agressões aconteceram na sexta e sábado passado quando a mãe precisou deixar a menina aos cuidados do namorado para ir trabalhar

Cb image default
Correio do Estado

A família paterna da criança de dois anos que foi torturada e estuprada em Campo Grande, nos dias 10 e 11 de fevereiro, disse que não tinha contato com a menina e puderam vê-la apenas uma vez desde que nasceu. Os familiares, incluindo o pai, moram em Sidrolândia.

De acordo com Alcina Tibério, tia-avó da criança, a mãe da menina, que não teve nome revelado, sempre faz ameaças contra os familiares paternos que tentam se aproximar da criança. Ainda segundo ela, a criança era criada pela avó, mas desde que a mãe retomou a guarda, nenhum parente conseguiu ter contato com ela.

As declarações foram dadas à imprensa na Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), na tarde desta quarta-feira (15), quando os pais da criança compareceram ao local para prestar depoimento.

A tia ainda relatou que soube do abuso e contou para o pai da criança, que precisou convencer a mãe da criança a registrar o boletim. De acordo com o homem, ela sabia do que aconteceu, mas não queria relatar para a polícia.

Ainda segundo ele, fazia muito tempo que ele não tinha contato com a criança, já que se separou da mãe dela quando a menina ainda tinha nove meses de idade. 

Nesta tarde, a mãe da menina não quis falar com a imprensa e teve um comportamento agressivo com o pai da criança, impedindo a menina de aproximar-se dele.

“A menina está com medo, não está reconhecendo mais e a mãe fica falando para ela não vim comigo. Ela está chorando e assustada”, destacou

Ainda segundo o pai, ele sabia que a filha tinha um padrasto, mas não o conhecia porque fazia pouco tempo que a mãe da menina estava se relacionando com ele. Após as agressões, o homem afirmou que tentará reverter a guarda da criança para que ela vá morar com ele.

A mulher não explicou o porquê ficou resistente em registrar o boletim de ocorrência. A denúncia foi feita na segunda-feira (13) na Depca.

De acordo com o registrado, a mãe soube da violência praticada contra sua filha quando chegou do trabalho na sexta-feira (10) e encontrou a menina com hematomas. Ela teria ficado aos cuidados do padrasto e ele justificou os machucados dizendo que a criança tinha se ferido enquanto brincava.

Já no sábado (11), segundo o boletim, a mãe novamente deixou a menina em casa sozinha com o homem. No final do dia, a menina tinha novos hematomas e foi levada à uma unidade de saúde onde foi constatada a violência sexual.

Além de a agredir sexualmente, o sobrinho da mulher relatou que o padrasto teria amarrado a menina pelo pescoço e a espancado para que ela dormisse.

O delegado responsável pelo caso não detalhou os fatos. O suspeito segue foragido da polícia. 

Comentários

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.