Requinte de crueldade marca morte de criança em área próxima ao lixão do Noroeste

A Polícia Civil suspeita que o menino de dez anos, encontrado morto em uma chácara no Jardim Noroeste, possa ter sido assassinado por duas ou três pessoas. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Daniella Kades de Oliveira Garcia, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, foram encontradas pegadas na montanha de lixo do aterro sanitário, que fica ao lado da chácara.

Segundo a delegada, a perícia conseguiu identificar pegadas subindo e descendo a montanha de lixo e também, foi encontrado um chinelo feminino. A perícia ainda identificou que o menino levou dois chutes nas costas e até a marca da sola do sapato pode ser vista na pele do garoto. Ele também apresentava várias lesões na cabeça.

Por conta do estado do corpo, que já estava com larvas e queimado pelo sol, não foi possível precisar se o menino levou um tiro na cabeça ou se foram várias pancadas. A polícia irá aguardar a perícia determinar a causa da morte e que instrumento foi utilizado. Foram procurados projeteis no local, mas nada foi encontrado.

Conforme Daniela, a criança estava suja e mal cuidada. O menino fazia tratamento na Escola Especial Colibri, no Santo Amaro. Ele foi vítima de estupro de vulnerável. A mãe tem além dele, mais três filhos e está grávida de cinco meses do quarto. Neste ano, foi registrado um boletim de ocorrência por maus-tratos contra ela, em que a vítima é o filho mais novo, de 2 anos. A criança teria ficado três dias com febre, estava desnutrida, com anemia e tinha sinais de maus-tratos. 

O caso foi registrado como homicídio doloso e a polícia vai ouvir familiares e tentar apurar no aterro sanitário quem poderia ter matado o garoto.