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SP: investigação descobre plano para resgatar chefes de facção presos

Quadrilha que age dentro e fora de presídios tinha plano mirabolante. Helicóptero blindado e avião seriam usados na fuga de quatro presos.

Investigações da polícia e do Ministério Público de São Paulo indicam que a quadrilha que age dentro de fora dos presídios do país tinha um plano mirabolante para a fuga de chefes da facção criminosa de uma penitenciária de segurança máxima no interior de São Paulo.

A quadrilha usaria um avião e dois helicópteros, um deles blindado e pintado como se fosse da PM. De acordo com o plano, um dos alvo seria o chefe da quadrilha, Marcos Herbas Camacho, conhecido como Marcola. Ele e mais três presos que seriam líderes da facção criminosa.

Os presos seriam retirados da penitenciária de Presidente Venceslau, no interior do estado. A descoberta do plano pode ter impedido a fuga. Para a polícia, essa tentativa de retirar os presos da cadeia iria acontecer entre os dias 20 e 23 desse mês. Para impedir, um grande esquema de segurança foi montado na penitenciária.

Havia uma grande movimentação de policiais dentro do presídio, e muitos PMs nos acessos. Nos campos ao redor da penitenciária foram posicionados atiradores de elite e até mesmo policiais camuflados. Eles tinham armas capazes de derrubar um helicóptero. Mas, nesse período, a tentativa de fuga não aconteceu.

O plano de fuga era cinematográfico, segundo o relatório da Secretaria de Segurança e do Ministério Público. Ele envolvia um avião, dois helicóptero e armamento pesado.

Seriam libertados os presos Marco Camacho, conhecido como Marcola, Claúdio Barbará da Silva, o Barbará; Luiz Eduardo de Barros, o Du Bela Vista, e Célio Marcelo da Silva, o Bin Laden. Todos estão em celas de segurança máxima da penitenciária.

O plano estava sendo executado há pelo menos oito meses e há pelo menos vinte dias, os criminosos estariam serrando as grades das janelas das celas, colocando de volta e pintando para parecer que nada tinha sido mexido.

O relatório, que é muito complexo e traz outras informações, diz que a ideia é que eles chegassem a uma área do presídio sem a proteção de cabos de aço, onde os presos seriam içados por um helicóptero, com adesivos característicos dos usados da Polícia Militar. Uma segunda aeronave seria usada para dar cobertura.

O destino do grupo seria Loanda, no Paraná, a cerca de 240 quilômetros de Presidente Venceslau. Lá, segundo a polícia, o grupo teria alugado uma chácara e um avião, vindo do Paraguai, que estaria a espera deles para completar a fuga.

Para conseguir fazer tudo isso, três integrantes da facção teriam recebido aulas de voo no Campo de Marte.

Ainda segundo o relatório da Secretaria de Segurança e do Ministério Público, o treinamento teria sido dado por Alexandre José de Oliveira Júnior, copiloto do helicóptero do deputado Gustavo Perrella, que foi flagrado com quase 500 quilos de cocaína em novembro passado.

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