Publicado em 24/11/2021 às 15:33, Atualizado em 24/11/2021 às 19:39

Suspeito abordou gerente para assaltá-la, mas a estuprou, diz delegado

Em depoimento, Raimundo Pessoa negou intenção e tentativa de estupro de Susana Dias. Mas para delegado o abuso sexual ocorreu

Metrópoles ,
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Divulgação

Em depoimento à polícia, Raimundo Pessoa, que foi preso suspeito de assassinar Susana Dias Batista, em Itapetininga, no interior de São Paulo, negou que tivesse a intenção ou que tenha tentado estuprar a gerente de loja.

No entanto, o delegado responsável pelo caso, Agnaldo Nogueira, afirmou ao Metrópoles que a investigação acredita que o abuso sexual tenha ocorrido.

O suspeito confessou a intenção de roubá-la e relatou ter mandado a vítima tirar a roupa para revistá-la e ver se não achava dinheiro.

“Ela ficou nervosa, começou a gritar, enquanto veículos passavam na pista e ele teria dado uma pedrada na cabeça dela, e ela desmaiou. Essa é a versão dele”, disse o policial.

“A convicção nossa é de que ele pode até, em um primeiro momento, ter tido realmente a intenção de roubar a vítima. Abordou a mulher, saiu com ela no carro e mudou a conduta dele para tentar um abuso sexual contra ela”, afirmou Nogueira.

A investigação indica que o suspeito mandou a gerente de loja parar o carro no acostamento da Rodovia Vereador Humberto Pellegrini (SP-268), entre Itapetininga e Alambari, e a entrar no mato.

“Ele obrigou ela a se despir, então ela deve ter reagido quando ela foi agredida com várias pedradas na cabeça. Ela estava com o rosto totalmente dilacerado”, disse o delegado.

Susana Dias Batista pode não ter sobrevivido às lesões contundentes na cabeça causadas pela pedra. Porém, a causa da morte da gerente de loja ainda será apontada pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML).

De acordo com o delegado, Raimundo foi indiciado por roubo e estupro qualificados, porque houve morte da vítima. “Apesar de não termos o laudo, o estupro já foi confirmado. A prática do ato libidinoso contra a vontade da mulher já é considerada estupro, não é apenas o ato consumado”, explicou Agnaldo Nogueira.