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Caminhoneiros queimam pneu e iniciam protesto na saída para Sidrolândia

Grupo começou com 6 caminhoneiros, mas organizadores dizem que esperam mais de 250 da Capital e Interior

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Caminhões estacionados na saída para Sidrolândia. (Foto: Henrique Kawaminami)

Grupo de 6 caminhoneiros estacionou há pouco no Anel Viário, saída para Sidrolândia, em Campo Grande. Para chamar atenção, atearam fogo em um pneu e em galhos, com fumaça preta que sai do acostamento.

Um dos organizadores do protesto é Djenco Brito, de 32 anos, caminhoneiro desde 2014. "Estamos aqui para demonstrar força e darmos apoio ao nosso presidente. É uma paralisação pacífica, sem fechar a estrada a princípio. Estamos aqui pelo nosso País", justificou.

Sobre o pedido do presidente Jair Bolsonaro para o fim das manifestações de caminhoneiros, Djenco acha que é uma "estratégia". "Ele é presidente, não pode convocar manifestação", argumenta.

Já Lucas Paim, de 27 anos, é mais enfático e ataca o presidente. "Bolsonaro não tá mandando nem no Brasil. Quem dirá na gente", diz o caminhoneiro, com 9 anos de experiência.

O som alto da música sertaneja e uma bandeira no Brasil no meio da rodovia também fazem quem passa prestar atenção no pequeno protesto às margens da BR-163.

Mas os planos são de ampliar a manifestação ao longo do dia. "Mobilizamos cerca de 250 pessoas pelo Whatsapp. Está vindo caminhoneiro de Campo Grande e do interior. Queremos mostrar para Mato Grosso do Sul que temos poder. Nós colocamos os políticos lá", comenta Djenco.

Clóvis Reis de Araújo, de 56 anos, vive na estrada há 35 anos e já parou outras vezes para pedir apoio às causas dos caminhoneiros. Hoje, no entanto, parece decepcionado com a adesão. "Para desfilar na cidade, todo mundo vai, mas para vir aqui, poucos aparecem. Muita gente não adere e se não der força agora, não vai dar mais. Mas estamos firmes", garantiu.

Segundo ele, a ideia não é só apoiar Bolsonaro, mas protestar, principalmente, contra a carga tributária. "Não é por partido, a briga é pelos impostos. Não aguento mais os impostos malditos. O preço do óleo diesel não tem mais condições. O agronegócio que mantém o País", reclamou.

Uma equipe da PRF (PolÍcia Rodoviária Federal) acaba de chegar ao local e já pediu para os manifestantes não fecharem a rodovia.

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