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COMPRA DE VOTOS: TRE-MS cassa mandatos de três vereadores de Campo Grande

Paulo Pedra, Delei Pinheiro e Thaís Helena tiveram recursos analisados.Políticos foram acusados pela Justiça Eleitoral de compra de votos.

Os vereadores Paulo Pedra (PDT), Delei Pinheiro (PSD) e Thaís Helena (PT) tiveram os mandatos cassados pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em julgamento nesta segunda-feira (9). Os três foram acusados pela Justiça Eleitoral de abuso de poder econômico e compra de voto.Os advogados dos vereadores afirmam que vão recorrer da decisão. Valeriano Fontoura atua na defesa de Thaís e de Pedra e declarou que também irá pedir ao TRE efeito suspensivo da decisão até julgamento pela instância superior.Katarina Viana, advogada de Pinheiro, disse que está esperando a publicação do acórdão para recorrer. Para Fontoura, a decisão pela cassação dos mandatos é contrária às provas dos autos.

Durante o julgamento, o juiz relator do processo, Nélio Stábile, votou contra a cassação dos políticos. O desembargador Josué de Oliveira alegou suspeição e não participou da votação. Os outros três juízes foram contra o voto de Stábile.

Pedra, Pinheiro e Thaís Helena só vão ser oficialmente declarados cassados quando a decisão for publicada em Diário Oficial. Em caso de recurso ao TSE, eles aguardam ao julgamento sem mandato. Só ficam na Câmara Municipal caso consigam efeito suspensivo.A audiência sobre Alceu Bueno (PSL), que também estava na pauta do dia, foi adiada para esta terça-feira (10), a partir das 17h (de MS).O relator alegou que não há comprovação de dolo nas condutas dos vereadores. O referido dolo não foi encontrado, fala o magistrado, explicando, que, para ele, não há provas de intenção de compra de votos. O voto dele foi contra o parecer do Ministério Público.Foram contra o voto de Stábile os juízes Luis Cláudio Bonassini da Silva, Elton Nasser de Mello e Heraldo Garcia Victtor.Silva, o primeiro a discordar do voto do relator, citou que no caso em julgamento, sobra prova de corrupção. Victtor declarou que as apreensões de dinheiro, envelopes, relação de nomes, tickets e requisições nos escritórios de campanha dos parlamentares, revelam pulverização de combustíveis.

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