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Deputados mantêm reunião da CPI da Enersul/Energisa mesmo com decisão judicial

Presidente da Comissão, deputado Paulo Corrêa, disse que ao ser notificado vai recorrer da decisão da Justiça e quer investigar, como é o papel do Legislativo

Reunião da CPI da Enersul/Energisa (Foto: )

A decisão liminar que suspendeu a CPI da Enersul/Energisa foi o assunto da sessão desta terça-feira na Assembleia Legislativa. O presidente da Comissão, deputado Paulo Corrêa (PR) disse que a lei será cumprida, mas a reunião desta tarde será mantida por não ter recebido notificação judicial sobre essa decisão.

Corrêa discorda da posição “monocrática” tomada pelo desembargador Dorival Renato Pavan, e argumenta que cabe ao Legislativo Estadual a investigação, e é isso que o parlamento quer fazer com a CPI. Sobre o argumento utilizado pela empresa de que deveria se chamar Enersul e não Energisa, o deputado tem sua posição: “Quando você adquire uma empresa, não é somente o bônus que irá receber, mas também o ônus. Então cabe sim à nova diretoria da empresa que comprou a Enersul do grupo Rede, pelo valor de R$ 1,00, dar explicações”.

Durante pronunciamento no Plenário, Paulo Corrêa convocou todos os deputados que fazem parte da CPI da Enersul/Energisa: Pedro Kemp (PT); Beto Pereira (PDT); Marquinhos Trad (PMDB) e Renato Câmara (PMDB), para reunião normal nesta tarde. “Nós vamos recorrer dessa decisão e, enquanto não for notificado continuaremos nosso trabalho de investigação. Queremos saber a respeito de um valor de R$ 80 milhões da Enersul, que foi usado para pagamento da Rede. Além disso, queremos entender até que ponto este valor foi majorado na conta de energia para o consumidor. Para isso criamos a CPI”, definiu Paulo Corrêa. 

O deputado Beto Pereira (PDT), relator da Comissão Parlamentar de Inquérito, também se mostrou indignado com a suspensão dos trabalhos da CPI. “É prerrogativa da Assembleia Legislativa e dos deputados a criação da CPI para investigar. Vamos cumprir a lei, mas queremos saber se o consumidor teve algum tipo de dano, como aumento da conta de energia”.

O trabalho da CPI começaria a ouvir, segundo Beto Pereira, algumas testemunhas no caso. “Se houver a suspensão, as oitivas que já poderiam começar terão de ser canceladas”, concluiu.

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