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Em meio a crise com Dilma, PDT põe advogado em órgão federal

Novo superintendente do Trabalho teve como primeira mediada a criação de um Fórum do Trabalhador, para discussão com centrais sindicais (Foto: Marcelo Calazans)
Deputado federal Dagoberto Nogueira diz que PDT continua na base e que haverá uma nova conversa com Dilma na semana que vem (Foto: Marcelo Calazans)

O advogado Yves Drosghic, 31 anos, assumiu nesta manhã (08), a chefia da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de Mato Grosso do Sul. A solenidade contou com as principais lideranças do PDT, partido que o indicou para o cargo. Ele assume a função justamente neste momento de crise entre o PDT e a presidente Dilma Rousseff (PT), já que o partido votou contra a proposta do Governo, que endurece as regras do abono salarial e seguro-desemprego.

O evento foi marcado pela exposição da atual situação da instituição, descrita por Anízio Pereira Tiago, que era o chefe da Superintendência no Estado, assim como as metas e primeiras medidas do novo gestor. Entretanto o deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT) e o ex-presidente do PDT, João Leite Schimidt, não deixaram de comentar a situação da legenda com o Governo Federal, assim como os motivos que levaram a bancada (PDT) a votar contra o projeto da presidente Dilma (Rousseff).

“O PDT não votou com a Dilma (Rousseff) porque tem uma história de compromisso com o trabalhador, na época do ex-presidente Lula, ele nos liberava nestas pautas, porque sabia do nosso compromisso, não vamos abrir mão disto, votamos fechado, não quer dizer que em outras pautas não podemos seguir o Governo”, explicou Dagoberto.

O deputado federal ainda anunciou que na próxima terça-feira (12), haverá uma nova conversa do PDT com a presidente, pois existem outros projetos que serão construídos juntos. “Nosso interesse é permanecer na base, não sair, mas contra direitos (trabalhadores) não podemos ficar a favor, a Dilma é diferente do Lula, tem uma postura mais rígida com a base”, disse ele.

Schimidt também deu o seu recado dizendo que o PDT tem princípios e que defende a ação da bancada federal. “Não se pode abandonar o rumo, quem fica sem rumo, não tem caminho e se perde, temos que defender o interesse do trabalhador, também não adianta fazer ajuste fiscal em cima do trabalhador, tem que começar pela outra ponta”.

Situação – Dagoberto garantiu que não há nenhuma definição sobre uma possível saída do ministro do Trabalho, Manoel Dias, mas que se este sair, a tendência é indicar outra liderança do PDT para assumir o cargo, podendo ser um deputado federal. “Também queremos mais autonomia no Ministério, que hoje se encontrada esvaziado, mas independente disto, continuamos na base”, disse o parlamentar.

Gestão – Além dos temas políticos, o novo superintendente fez questão de destacar que quer melhorar as demandas no atendimento, assim como na emissão de carteira de trabalho e o contato com as agências do interior. “Vamos a Brasília requisitar todas estas questões para termos a contrapartida necessária”.

Yves ainda ressaltou que a espera continuar o bom trabalho desenvolvido pela antiga gestão e promover um diálogo mais efetivo com os empresários e trabalhadores. Como primeira medida, vai criar um “Forum do Trabalhador”, que vai ter a participação de centrais sindicais, para que haja contato direito. “Vamos escutar a todos e criar alternativas para superar as dificuldades, crise se supera, buscando soluções”.

Sobre a situação política do PDT com o Governo Federal, o novo superintendente ponderou que a direção nacional deve conduzir o diálogo com a presidente Dilma (Rousseff). “Fazemos parte da base, tanto que apoiamos a presidnentee na reeleição e o senador Delcídio do Amaral no Estado, estamos no mesmo grupo político”.

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