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Olarte não explicou nem para base a viagem no jatinho de empresário

Vereadores da base cobram explicação convincente, mas ainda não falam em punição

O prefeito Gilmar Olarte (PP) ainda está calado em relação à viagem feita a Brasília na quarta-feira (11), quando voou em jato operado pela empresa Itel, que possui contratos milionários há vários anos com a Prefeitura de Campo Grande. O Midiamax chegou a questionar o prefeito na semana passada, mas ele preferiu fugir da imprensa.

O sigilo é grande a ponto do prefeito não ter se explicado nem para o líder dele na Câmara, Edil Albuquerque (PMDB) em que condições usou o jato com a mulher, Andrea Olarte, para agendas na Capital Federal na semana passada. “Eu sei que ele foi para Brasília, mas não sei como foi”, declarou Edil.

Sem respostas, até aliados querem explicações do prefeito. “Tem que dar explicação. Se não der explicação que seja satisfatória, vai ter que investigar. Tem que ver se ele pagou com dinheiro dele ou se o cara deu carona. O cidadão é livre e pode viajar ou receber convite. Mas, tem que ver de que forma foi feito. Se foi feito com dinheiro do Executivo é totalmente errado. Ai cabe uma CPI. Está fugindo de quem? Pelo menos com a base tem que falar. Tem que dar uma explicação aceitável. Não pode ser algo mentiroso, que vai cair depois e ficar feio”, analisou Paulo Siufi (PMDB).

O vereador Airton Saraiva (DEM) entende que o prefeito não deveria ter usado o jato da empresa, mas ainda assim entende que não é motivo para condenação. “Não foi ele que fez o contrato, que já fez há muito tempo. Ele não deve usar, mas não vamos condenar porque usou do empresário. Isso no Brasil é o que mais tem. Não deveria, mas isso no Brasil é o que mais tem e hoje tudo se sabe, em tempo real”, declarou.

O vereador pondera que é preciso saber em que condições o prefeito pegou o avião. “As vezes o avião ia pra lá e ele pegou uma carona. Não vejo que isso tem algum mal. Acredito que hoje, na situação que está passando, com muitos protestos, já deveria ter explicado mais rápido porque foi. Seria um desgaste só. A melhor coisa é falar, assumir”, concluiu.

O vereador Alceu Bueno (PSL) também não conversou com o prefeito, mas aguarda a justificativa. “Se o avião foi usado por passeio, luxo, é totalmente errado. Tem que ver a necessidade, o porquê de ter usado o avião. Tem que dar explicação para sociedade. Tem que saber de fato de quem era, qual custo que pagou”, analisou.

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