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Resolução tucana ameaça aliança entre PT e PSDB em Mato Grosso do Sul

esolução a ser aprovada pelo diretório nacional do PSDB em fevereiro, ameaça a aliança que vem sendo alinhavada entre dirigentes do partido com o PT em Mato Grosso do Sul. 

A costura política no Estado envolve a composição de uma chapa majoritária encabeçada pelo senador Delcídio do Amaral (PT) tendo como candidato ao Senado o deputado federal Reinaldo Azambuja (PSDB). 

No entanto, essa estratégia pode esbarrar na resolução que deverá ser aprovada no mês que vem pelo comando nacional tucano, retirando assim a autonomia dos diretórios regionais para fechar alianças com seus principais adversários, conforme atesta a coluna Panorama Político, assinada pelo jornalista Ilimar Franco, do jornal O Globo. 

O texto diz que as decisões dos estados serão submetidas ao aval da direção nacional e aos interesses da candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG) ao Palácio do Planalto. 

Ao retirar a autonomia dos estados para fazer alianças, o comando do PSDB quer evitar que seus caciques regionais se juntem a adversários no plano nacional. 

Ainda conforme a nota, a cúpula tucana não quer submeter Aécio Neves aos apetites de suas bancadas estaduais. Estas, poderiam promover acordos para reeleger seus deputados, mesmo deixando Aécio sem palanque. 

Ocorre que Delcídio e Azambuja têm marchado juntos desde as eleições municipais de 2012 em Campo Grande e em outras regiões do Estado, quando PT e PSDB concorreram às prefeituras no mesmo palanque. 

No caso de Campo Grande, os dois partidos se uniram no segundo turno das eleições para ajudar a eleger o prefeito Alcides Bernal (PP), derrotando o candidato do PMDB, deputado federal Edson Giroto, apoiado pelo ex-prefeito Nelsinho Trad e pelo governador André Puccinelli. 

A dobradinha também deu certo na disputa pela diretoria da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), quando PSDB e PT elegeram os prefeitos de Anastácio, Douglas Figueiredo (PSDB), presidente; e de Mundo Novo, Humberto Amaducci (PT), vice, no início do ano passado. 

Para analistas, a eventual aprovação dessa decisão  poderá significar um balde de água fria nas pretensões políticas de Delcídio e Azambuja, que precavidos, podem selar uma coligação “branca” durante a campanha eleitoral deste ano para enfrentar o PMDB, cujo pré-candidato ao governo estadual é o ex-prefeito de Campo Grande, Nelsinho Trad, hoje secretário de Articulação Institucional com os Municípios. 

Embora simpático aos olhos dos dois principais líderes, esse alinhamento político é visto com restrições em ambos os partidos, principalmente pelo ex-governador Zeca do PT, hoje vereador em Campo Grande, e pelo presidente regional do PSDB, deputado estadual Márcio Monteiro.  

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