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Síndrome do Trato iliotibial: tendinite, o terror dos corredores

Especialista em cirurgia do joelho explica como evitar inflamação.

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Dentre todas as atividades físicas que evoluíram nas últimas décadas, sem dúvida, a corrida é uma das que mais merece destaque. Afinal, basta olhar uma prova de corrida de rua para perceber quantas pessoas praticam a atividade de maneira regular.

Para quem tem o hábito de correr, são muitas as reclamações de dores, principalmente na área do joelho. A Síndrome do Trato iliotibial, também conhecida como Síndrome ou Tendinite dos Corredores, é uma das lesões que mais atinge esse público.

Essa condição é uma inflamação no tecido que circunda o tendão de uma estrutura anatômica, na parte lateral do joelho, conhecida como Banda Iliotibial e é causada quase sempre pelo atrito desse tendão com estruturas ósseas do joelho, associada a uma sobrecarga nessa estrutura. Essa condição causa dor, queimação na parte lateral (externa) no joelho e, a cada vez mais, essas dores vão aumentando. “Normalmente, essa lesão tende a se manifestar depois do corredor percorrer

longas distâncias e pode ir aumentando até que ele não consiga mais correr”, explica o ortopedista e especialista em joelhos, Roberto Cisneros.

O que causa a síndrome do corredor

O especialista explica que a síndrome “é a ocorrência do processo inflamatório localizado, decorrente de um atrito tendinoso, e que, em geral, a síndrome torna-se comum naqueles atletas que não realizam adequadamente o alongamento prévio ao exercício, podendo ainda estar associado a alterações anatômicas e erros de movimentos e sobrecargas nos treinamentos”.

Alguns fatores de risco incluem a falta de alongamento, o que causa uma tensão excessiva da banda iliotibial, intervalos reduzidos entre os treinamentos, um número elevado de quilômetros percorridos em corrida, por exemplo; e uma fraqueza muscular dos flexores e extensores do joelho e abdutores do quadril.

A síndrome do corredor é grave?

Essa síndrome não é grave, mas precisa ser tratada, porque caso não seja

realizado um tratamento com uma pausa adequada para exigir menos dos joelhos, podem ser necessários tratamentos mais invasivos, como as infiltrações e intervenções cirúrgicas. Cisneros também ressalta que o tênis inadequado, bem como a sobrecarga rápida de treinamento favorecem o aparecimento da lesão.

É possível realizar o tratamento conservador. A princípio, pode ser instituído com remédios anti-inflamatórios ou analgésicos por via oral para melhorar a dor. Infiltrações locais são mais raras e cirurgias são medidas de exceção. O tratamento conservador consiste, na sua grande maioria, na realização de alongamentos específicos e medidas fisioterápicas seletivas. Se não tratada corretamente e em tempo hábil, a síndrome pode se tornar muito incapacitante.

Como evitar a síndrome da banda iliotibial?

● Evitar aumentos súbitos no volume de treinamento

● Não negligencie o fortalecimento e alongamentos

● Não treine com dor

● Busque diagnóstico e tratamento adequado

● Faça as sessões de fisioterapia indicadas

Para melhores orientações, sempre procure um ortopedista.

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