Após Vereadores Acosta e Anache baterem duro no caso Thalyta, sindicância é aberta

“Enquanto não morrer fazendeiro rico, vereador, ou político importante ninguém vai tomar atitude nesta cidade”  

Foram com estas palavras que o Médico e Vereador Dr Mauricio Coutinho Anache, conseguiu arrancar palavras de apoio do líder do Prefeito o Vereador Waldemar Acosta.

Dr Mauricio relatou ainda que a culpa não é da Secretária de Saúde, hoje ocupada a pasta pela enfermeira Leila Couto, pois para se ter uma saúde digna segundo Anache, teria que ser aumentado em 10 milhões os recursos repassados a saúde, e não tirar 2 milhões como é a proposta do executivo.

O médico ainda vai mais longe, chamou a responsabilidade para todos os colegas da casa dizendo que era para se esquecer do lado político e rever os conceitos do fundo do poço que chegou a saúde em Sidrolândia. ”Todos nos temos que tomar alguma atitude” 

Vereador Waldemar Acosta, que tem uma filha ao qual o médico pediatra é o próprio Dr Mauricio, disse que é leigo em saúde, mas que no ano de 2013 o recurso da saúde era de 30 milhões, se tirar um centavo em abril de 2015 a saúde em Sidrolândia “pedirá socorro e vai falir”. “Sou líder do governo e estou querendo ajudar, tirar recursos da saúde é no mínimo uma grande incoerência” finalizou o Vereador Waldemar.

SINDICÂNCIA DA MORTE DE THALYTA É ABERTA

Na mesma sessão o vereador Acosta, cobrou da secretaria municipal de Saúde, abertura de sindicância para apurar o atendimento na rede pública municipal prestado à Thalyta Jorge de Moraes, menina de 6 anos que morreu com sintomas de dengue hemorrágica.

Este caso que chocou a população, fez com que o prefeito Ari Basso por meio da portaria 685/2014 abrisse sindicância que vai além de apurar a causa da morte da criança, desde o primeiro atendimento no posto de sua área, se houve ali caso de negligência ou não, até do médico Jorge de La Torre, que atestou como causa da morte dengue hemorrágica.

No dia da morte, Drº  Renato Couto que é Diretor Clínico do Hospital de Sidrolândia, não concordando com o diagnóstico pela falta de parâmetros clínicos e laboratoriais que comprovem esta patologia (exames mais detalhados) queria efetuar a troca do atestado de óbito direcionando a causa da morte para “causa natural”, o que foi negado pela família, pois para os mesmos morte natural sem uma verdadeira bateria de exames, também estaria errado.

Com atestado de óbito em mãos afirmando a morte por “dengue hemorrágica” a família da criança vai solicitar e exumação do corpo para  esclarecer as reais circunstancias que levou a morte da menina.