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VIDEO: Menina de 11 anos corta cabelo para doar a amiga que trata câncer 

Um exemplo de amizade e solidariedade

Um exemplo de amizade e solidariedade. Uma menina de apenas 11 anos decide cortar o cabelo para doar para a amiga que enfrenta um tratamento contra o câncer. Mas a paciente ganhou uma peruca, antes do cabelo da amiga ser cortado.  Mesmo assim, Karen não mudou de ideia: doou o cabelo para outras crianças, em tratamento.

Elas são de pouca idade, mas compartilham de uma amizade que muita gente grande não tem. Ha dois meses a estudante Carol Flores, iniciou um novo tratamento de quimioterapia. Ela que já fazia a manutenção do câncer - agora que esta se tornando uma mocinha - optou pela peruca como um assessório de beleza.

Ela ficou famosa em Mato Grosso do Sul ao protagonizar, ao lado de Munhoz e Mariano, uma das campanhas do Hospital de Câncer da Capital.

Hoje, quem ajuda a colocar a peruca em Carol é a Karen. A amiga é só carinho enquanto escova os cabelos. 

Elas se conhecem ha mais de cinco anos. Tem a mesma idade e estudam na mesma escola. Carol é mais tímida, de poucas palavras. Ao contrário de Karen que é toda falante e agitada. A preocupação com a amiga é diária. 

“Eu sempre gosto de estar na vida dela e saber sobre as coisas que estão acontecendo se ela está bem, como vai o tratamento sempre pergunto”, diz Karen Flores.

O afeto entre as duas colegas é tão verdadeiro.  Que acabou estreitando os laços entre as famílias e uniu também as mães em amizade: Lilian e Liliane.

Karen tem hoje os cabelos na altura do ombro. Bem diferente em uma foto de dias atrás. Assim que soube que a amiga iria dar inicio a um novo tratamento contra o câncer, Karen cortou os cabelos para doar a amiga.

“Eu pensei primeiramente nela, eu queria doar para ela meu cabelo, mas descobri que não preciso doar só para minha amiga possa dar para outras pessoas e a minha ideia foi pela internet, pesquisando e percebi que eu podia ajudar da minha forma”

A mãe conta que a filha queria ir além e até já pensava em ser doadora de medula.

“Ela falou, ah mãe vou me cadastrar, mas falei que ela não tinha idade, ela respondeu: ah, mas eu preciso porque só com 18 anos?  Isso é errado, porque se for esperar a pessoa pode não aguentar”, diz Lilian.

O caso específico da Carol, é um fato raro na medicina já que o câncer dela não voltou como leucemia e sim como linfoma o que dessa forma facilita no tratamento e dispensa a alternativa de um transplante de medula óssea. Quanto ao cabelo da Karen que foi cortado em solidariedade a amiga, agora vai ser doado para outra pessoa através da Rede Feminina de Combate ao Câncer.

Carol não vai usar os cabelos, mas ficou muito feliz com a generosidade da amiga.

“Não é todo dia que a gente acha uma pessoa que quer fazer uma coisa dessas, e a Karen fez por mim e se não foi por mim fez por outra criança que vai ficar muito feliz em receber  o cabelo dela”, diz Carol.

Para a mãe Lucilene Amarilha, Carol ganhou um dos mais lindos presentes que poderia receber.

“Quando a gente passa por esse momento delicado, vê o quanto isso é importante se todos se preocupassem e doassem medula, cabelo, amor, seria tudo mais fácil”, finaliza Liliane.

A psicóloga Cláudia Pinho, especialista em oncologia infantil ajuda crianças com câncer a encarar com tranquilidade a perda dos cabelos. Para ela, independente da idade, aceitar o tratamento é fundamental.  

“Aceitar o tratamento é um passo fundamental, um caminho para a cura, então é preciso elaborar e aceitar o tratamento, não aceitar a doença e as crianças precisam se sentir amadas e a partir do momento que elas se sentem amadas o cabelo é só um detalhe”, diz a psicóloga

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