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Personagem de Charles Chaplin, Carlitos completa 100 anos

Chapéu-coco, bengala, calças largas, casaco apertado e sapatos enormes. Todos os itens cuidadosamente escolhidos para não combinarem entre si. Assim era Carlitos, um sensível vagabundo, rápido para encontrar soluções e se livrar das mais diversas confusões em que se metia. O personagem de Charles Chaplin encantou o mundo, marcou a história do cinema e, nesta sexta-feira (7), celebra 100 anos, cheio de contemporaneidade e humor.

Sem fazer uso de palavras, usando apenas gestos exagerados e engraçados, Chaplin criou um andarilho pobre, cheio de manias e dono de um bigodinho que se tornaria marca registrada. O público o viu pela primeira vez - na versão como conhecemos atualmente - no filme Corrida de Automóveis Para Meninos, de apenas 11 minutos, lançado no dia 7 de fevereiro de 1914.

Antes dele, o embrião do personagem aparece em Carlitos Repórter, outro filme de 1914, em que o rapaz aparece com um bigode maior e roupas elegantes. O visual que ficou imortalizado foi criado para Carlitos no Hotel, que foi filmado antes, mas lançado apenas dois dias depois de Corrida de Automóveis Para Meninos.

Alguns críticos da época chegaram a dizer que Carlitos beirava a vulgaridade, mas quem ligava para isso? O público já era apaixonado pela comédia pastelão de Chaplin, que viveria o personagem pelos 22 anos seguintes a sua estreia. Ao longo de sua filmografia, o doce vagabundo criticaria discretamente alguns problemas que assolavam a sociedade.

Ainda em 1914, Chaplin passou a escrever e dirigir seus filmes. Dois anos depois, já era produtor. Em 1917, ganhou US$ 1 milhão para produzir oito filmes e, no ano seguinte, já era dono de seu próprio estúdio, o Chas Chaplin Film & Co. Entre suas mais famosas produções, estão O Garoto (1921), O Circo (1928), Luzes da Cidade (1931), Tempos Modernos (1936), que marcaria a despedida de Carlitos.

Em 1929, na primeira cerimônia do Oscar, Charles Chaplin recebeu uma estatueta por sua versatilidade em escrever, dirigir e produzir O Circo. A ideia era que ele concorresse na categoria Melhor Ator, mas seu nome foi retirado para que ganhasse o prêmio especial.

Chaplin seguiu fazendo cinema e a usar o bigode do Vagabundo, mas não como Carlitos. Em 1938, anunciou que iria satirizar Adolf Hilter em um de seus filmes e sofreu pressão do governo alemão e norte-americano para que deixasse o projeto para lá. Em outubro de 1940, lançou O Grande Ditador, em que vive dois papeis. O filme foi indicado ao Oscar de Melhor Ator e Melhor Roteiro Original. Depois disso, ainda faria outros filmes, como Monsieur Verdoux (1947), Luzes da Ribalta (1952), entre outros. Charlie Chaplin morreu dormindo, no dia 25 de dezembro, na sua casa na Suíça. 

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