Na segunda-feira (4), a Procuradoria Geral da República (PGR) recebeu da oposição um pedido de impeachment do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.
O motivo central é a acusação de crime de responsabilidade associado ao suposto não envio e eventual destruição de imagens dos atos de 8 de janeiro.
De acordo com o vice-líder da oposição, deputado Evair de Melo (PP-ES): “Das 185 câmeras de segurança do Ministério da Justiça, Dino forneceu imagens apenas de quatro à CPMI. Ele justificou que o sistema de gravação do Palácio da Justiça, ao lado do Congresso, tem capacidade limitada a menos de 30 dias, e que novas gravações sobrescreveriam as antigas. Contudo, a empresa encarregada das câmeras contradisse o ministro, afirmando que não existe prazo fixo para exclusão de imagens. Isso sugere que Dino está ocultando informações e pode estar cometendo o crime de Fraude Processual.”
O ministro, por sua vez, defende-se dizendo que as imagens fornecidas à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de janeiro são aquelas que a Polícia Federal considerou essenciais para as investigações. Dino entregou à CPMI dois conjuntos de gravações do circuito interno do Ministério da Justiça. Segundo documento oficial, “As gravações repassadas à CPMI até 30 de agosto correspondem aos registros vistos pela Polícia Federal como relevantes para os inquéritos, e foram assim preservadas.”
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